Especialista em Produção e Propagação de Peixes e professor aposentado da Furb, Pedro Wilson Bertelli pondera que a análise dos peixes que habitam o Itajaí-Açu exige estudos mais detalhados, mas desaconselha o consumo. Ele alerta que tudo depende de quanto tempo o peixe ficou exposto ao rio e que os efeitos da poluição, mais graves, continuam mesmo após limpá-lo.

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— A primeira pergunta a se fazer é: você tomaria a água de onde pegou esse peixe? É claro, o peixe tem externamente um muco que o defende de certo volume de bactérias, vírus e parasitas. Se ele ingere (a água), o trato digestório também o elimina. O problema é o que fica de metais pesados ou resíduos químicos. Não se recomenda (o consumo) e, se for consumir, que seja muito bem frito ou assado para eliminar materiais biológicos — aponta o professor.

Bertelli explica que o dourado do vídeo não é nativo e deve ter escapado de alguma lagoa. Hoje há cerca de 50 espécies na Bacia do Itajaí. Algumas são nativas, como traíra e cascudo, que atingem até um quilo e meio. Outras exóticas, a exemplo de carpas, bagres, pacu, tambaqui e tilápias, que chegam a cinco quilos.

Conforme o professor, pode haver hoje um volume de peixes até maior do que na época dos índios, em função da diminuição de predadores, mas com aumento da poluição, o consumo humano fica prejudicado.

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