Em 1968, Teori Zavaski ingressou como calouro na turma de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Na turma que se formou em 1972, estava também Antônio Carlos Bottan, hoje juiz aposentado pela comarca de Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. Bottan lembra que, mesmo nos tempos de estudante, Teori era uma pessoa muito tranquila, mas também séria.

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A grande lembrança que Bottan tem do colega de classe e de profissão, é a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em praticamente todas as reunião da turma, mesmo após a formatura.

— Foi uma satisfação quando ele foi nomeado para o Superior e depois para o Supremo. Ele até me convidou para a posse, mas eu estava em viagem e vi o convite tarde demais. Uma das últimas vezes que eu vi ele foi em Brasília mesmo. Lembro que fui visitá-lo — conta o Bottan, 72 anos.

O juiz aposentado, que acompanhou pela televisão a notícia da morte de Teori, vítima de um acidente aéreo no mar de Paraty, no Rio de Janeiro. Ainda sem informações precisas sobre o velório e enterro, que a pedido da família devem ocorrer em Porto Alegre (RS), Bottan comenta que Teori, até então relator da Operação Lava-Jato, era muito dedicado aos estudos.

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— Era um aluno muito inteligente e humilde. Estudioso mesmo, tanto que ficou especialista em direito tributário e processo civil. Ele não gostava de ostentar nada e tudo o que conseguiu foi por merecimento — conclui Bottan.

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