Depois de três dias de buscas, sem sucesso, pelo motorista Joel Candido Espíndola, 42 anos, perdido no Castelo dos Bugres, na serra Dona Francisca, em Joinville, desde domingo, o Corpo de Bombeiros Militar aposta as fichas em uma megaoperação que será realizada nesta quinta.

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Segundo o tenente José Ananias Carneiro, as equipes farão uma grande varredura na região, com o apoio de aeronaves e pessoas de todo o Estado. Caso Joel não seja encontrado, os trabalhos seguirão apenas com o grupo dos bombeiros de São Bento do Sul.

Na manhã de quarta-feira, as buscas foram reforçadas por mais três equipes. Agora, cerca de 20 homens, entre bombeiros militares e integrantes do Grupo de Resgate em Montanha (GRM), formado por voluntários da Defesa Civil de Joinville, vasculham a região. Dois cães farejadores são utilizados na procura. O Clube de Radioamadores de Joinville (Craje) também está com uma estrutura no local para auxiliar na comunicação entre a base e as pessoas autorizadas a entrar na mata.

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Após percorrer as trilhas existentes em 6 km², área onde se concentram as buscas e que abrange o Castelo dos Bugres, o Castelinho e o Morro Pelado, as equipes decidiram apostar em incursões na mata fechada.

A área foi determinada com base no relato dos grupos que dizem ter ouvido gritos de Joel durante a segunda-feira e pelo rastreamento das ligações telefônicas feitas por ele.

– Nós varremos as trilhas e lá ele não está -, garantiu o vice-coordenador do GRM de Joinville, Alan Jacob da Rosa.

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A chegada de novas equipes com número maior de homens permitiu um ligeiro aumento na área de buscas.

– A gente ampliou um pouco porque temos mais gente, mas basicamente a área continua sendo a mesma -, explica o capitão do Corpo de Bombeiros Militares, Paulo Diniz, responsável pelo comando das equipes quarta-feira.

Um grupo pernoitou na mata para iniciar as buscas logo ao amanhecer. No decorrer do dia, outras equipes vão entrar na região por locais diferentes para fazer um cerco nas áreas que ainda não foram percorridas. Diniz argumenta que há duas hipóteses para Joel ainda não ter sido encontrado.

– Ou ele está inconsciente e não consegue chamar as equipes que passam perto, ou ainda não percorremos a região em que ele está.

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Enquanto abrem caminho na mata, os homens utilizam um apito forte e chamam constantemente por Joel, que não é ouvido desde a tarde de segunda-feira.

Na manhã de domingo, após deixar a mulher Marga Barbosa Lopes em uma confraternização do trabalho próximo à serra Dona Francisca, Joel adentrou sozinho na mata. Planejou fazer a trilha do Morro Pelado e combinou que passaria para buscá-la no início da tarde. Por volta das 15h30, ele ligou para Marga e avisou que estava perdido

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