Os trabalhos de resgate de Joel Candido Espíndola, perdido desde a tarde de domingo, quando saiu para campanha no Castelo do Bugres, na Serra Dona Francisca, vão continuar durante a madrugada.
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Foi planejada a cobertura para de uma área de 6 km², entre um monte conhecido como Castelinho e o Morro do Pelado, com base em dados de GPS dos socorristas e do rastreamento do celular de Joel, mas não há certeza sobre a localização dele. Seu último contato por telefone ocorreu na noite de segunda-feira, por volta das 19 horas, quando uma amiga da família ligou. A bateria do celular acabou durante a ligação.
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O tenente do Corpo de Bombeiros José Ananias Carneiro explica que cada equipe que entrou na mata levou um aparelho localizador para poder informar via rádio as coordenadas e mapear a área principal de busca.
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O joinvilense se perdeu no domingo à tarde, quando fazia o caminho de volta numa trilha e ficou desorientado com a chuva e a neblina. Por telefone, avisou a mulher, Marga Barbosa Lopes, que havia se distanciado da trilha e precisava de ajuda. Mas a movimentação descoordenada do motorista dentro da mata pode ter dificultado o resgate.
– Se ele estivesse na pedra grande a gente já teria resgatado. Eu não acredito que ele esteja parado, a gente acha que ele está andando bastante – , afirma Carneiro.
Nesta terça, cerca de 40 pessoas se revezaram nos trabalhos de busca mata adentro, entre bombeiros, policiais militares ambientais e integrantes do Grupo de Resgate em Montanha de Joinville, na tentativa de evitar que Joel ficasse mais uma noite sem abrigo. Equipes ouviram gritos na segunda-feira e na madrugada de terça, mas não conseguiram fazer contato.
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– Antes que a bateria do celular dele acabasse, pedimos que ele fizesse fogo para o enxergarmos. Mas devia ser difícil porque as folhas estavam úmidas -, conta o tenente.
Só para chegar à área onde os gritos de Joel foram ouvidos, os socorristas precisam enfrentar cerca de quatro horas de caminhada. O percurso, alertam os militares, tem obstáculos como rochas e despenhadeiros. Como quase não há aberturas na vegetação, o apoio aéreo feito por um helicóptero não teve sucesso.
A situação, diz Carneiro, forçou o planejamento de acampamentos permanentes na mata. Na noite desta terça, Marga deixou o local das buscas. Segundo ela, caso Joel não apareça até quarta, as buscas serão suspensas.
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As buscas
Equipes dos bombeiros se revezaram em caminhadas por trilhas e incursões na mata fechada. Grupos com apoio de dois cães farejadores, além de sobrevoos do helicóptero Arcanjo, dos bombeiros de Florianópolis, também ajudaram nas buscas. Acampamentos foram montados para garantir a permanência das equipes durante a noite na mata. Integrantes do Grupo de Resgate em Montanha de Joinville e policiais militares ambientais dão apoio às buscas.
Os trajetos percorridos por eles, assim como os dos bombeiros, ficam registrados em coordenadas de GPS. Os dados são usados para cobrir áreas do mapa e evitar que a procura se repita nos mesmos pontos.
As ligações feitas pelo celular de Joel foram rastreadas e permitiram estimativas da localização dele no momento das discagens. A informação foi pontuada no mapa de buscas. As equipes de socorro também incluíram no mapa as duas áreas onde ouviram o motorista gritar por ajuda.
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