A aprovação dos cinco projetos que mudam o zoneamento de Florianópolis não encerra a discussão sobre o tema. Além dos que tiveram a concordância dos vereadores, dois foram rejeitados e um retirado de pauta. Melhorias no transporte coletivo, assistência à saúde, mais creches e escolas são algumas das respostas que o poder público terá de dar.
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::: Confira o trâmite para aprovação da lei
Dário Berger deverá aprovar o zoneamento
Depois de uma votação polêmica na noite de terça-feira, onde a Câmara de Vereadores da Capital colocou na pauta do plenário nove projetos polêmicos envolvendo alterações de zoneamento em Florianópolis, quatro deles devem contar com a aprovação do atual prefeito Dário Berger (PMDB).
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Seis propostas foram aprovadas e a única que o prefeito pretende vetar é a que promove alterações no Campeche, no Sul da ilha.
– Vou analisar com muito equilíbrio, respeitando o princípio democrático da transparência, mas é provável que o projeto do Campeche seja vetado – disse Dário.
O prefeito afirmou que a maioria dos projetos aprovados são de autoria do Executivo, e que estão na gaveta há muito tempo. Disse que o município perdeu financiamentos devido à demora na aprovação – alguns esperam há mais de dois anos:
– Eles fizeram um pacotão com os projetos que já tínhamos, que têm interesse social, principalmente para projetos do Minha Casa, Minha Vida, e colocaram junto projetos com interesses específicos. Esses foram reprovados. Acharam que a população e a imprensa não iam perceber e que passariam na Câmara, não foi o que aconteceu.
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Mudança provoca indignação do prefeito eleito da Capital
Em viagem aos Estados Unidos, o prefeito eleito Cesar Souza Junior (PSD) se manifestou contra a votação. Em conversa por telefone com o vice-prefeito eleito e atual vereador, João Amin, afirmou que a notícia causou surpresa e indignação. Disse que não concorda com mudanças pontuais.
Cesar defende que as alterações devem ser realizadas através da aprovação do Plano Diretor. Amin, que votou a favor de três projetos, afirmou que foi contra o requerimento que antecipou a votação – deveria se realizar na quarta-feira e foi antecipada para a noite de terça-feira, driblando a participação popular -, e reafirmou o compromisso de campanha de aprovar o Plano Diretor no próximo ano:
– A gente mantém a opinião da campanha. Não vamos jogar no lixo mais de 1,4 mil audiências públicas.