O Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville (MNIC) ganhou projeto de restauro e acessibilidade, iniciado em 2014 por uma empresa local e divulgado em julho do ano passado, quando a unidade de cultura completou 60 anos. Na época, já era necessário realizar um obra emergencial no alpendre lateral direito do casarão principal, construído em 1870.
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Localizado no segundo piso, em formato de varanda coberta, o alpendre já estava envergado e sendo mantido por estacas há mais de sete anos. Foi interditado e, depois de alguns anos, o sótão foi fechado pelo mesmo motivo. A obra, orçada em R$ 47 mil, foi concluída na penúltima semana de julho.
Agora, é necessário realizar uma drenagem no terreno, restaurar a casa principal e construir um anexo em dois pavimentos nos fundos do terreno. Das próximas etapas, a única que tem recursos financeiros garantidos é a construção do anexo, que depende da drenagem para ter início. Ele será erguido no local onde está o galpão usado para a exposição de meios de transporte.
– Essa edificação é um falso histórico, foi construída nos anos 2000, e, por isso, pode ser desmanchada – explica a educadora Elaine Martins.
O anexo tem um projeto moderno, para não ser confundido com parte do patrimônio histórico, e terá as condições de uso necessárias para as atividades que o museu demanda, com climatização: servirá como espaço expositivo, acervo técnico e sala de conservação e documentação, além de sala da administração.
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Atualmente, a sala da administração fica no sótão do Auditório Dona Francisca, no antigo “chalé da administração”, ao lado da casa principal. Já os serviços de limpeza, conservação e documentação são realizados em lugares adaptados dentro do espaço físico do museu, que não oferece condições para que estas tarefas sejam realizadas adequadamente.
A construção do anexo é avaliada em R$ 1,3 milhão, verba garantida com recursos do Ministério do Turismo. O restauro da casa principal foi orçado em R$ 1,7 milhão e está em fase de captação de recursos via Lei Rouanet. Há pelo menos uma década ela enfrenta problemas de vazamentos na cobertura, que precisa ser trocada, além de reparos pontuais.
O valor também inclui a obra de acessibilidade, com a instalação de um elevador externo que vai até o segundo e terceiro pavimento. A captação é realizada por meio da Associação de Amigos do Museu Nacional de Imigração e Colonização. A drenagem, que precisa ser feita antes das outras etapas, depende de verba da prefeitura no valor de R$ 80 mil, e não tem previsão para começar.
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