Se o objetivo do grafite na fachada do Armazém Vieira era discutir a arte de rua e sua relação com a cidade, artistas e proprietário já podem se dar por satisfeitos.
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O debate sobre os desenhos que esta semana cobriram as paredes externas do estabelecimento, sediado em prédio histórico e parcialmente tombado, se alastrou pelas redes sociais e instigou moradores da Capital a opinarem sobre o assunto.
Para Wolfgang Schrader, dono do estabelecimento, a maior parte dos moradores apoiou a iniciativa.
– No Facebook, para as centenas que gostaram, nós contamos alguns poucos opinando contra. Também recebemos um bilhete, deixado embaixo da porta, reclamando do grafite – contabiliza o empresário.
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Mesmo assim, o grafite capitaneado por Pedro Driin, Marcelo Barnero e Paulo Gôvea – que receberam a ajuda de mais quatro artistas, além da curadoria de Alex Araújo – não deve permanecer visível por muito tempo.
De acordo com o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, o caráter histórico do prédio não permite este tipo de intervenção, devendo a pintura tradicional ser restabelecida com urgência.
Na tarde de quarta-feira, o proprietário do local Wolfgang Schrader afirmou que tentaria sensibilizar o órgão para estender a permanência do grafite por até duas semanas, período que considera o mínimo suficiente para compensar o trabalho dos artistas.
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Mas para o Ipuf o prédio deve mesmo ser repintado o quanto antes, já que um decreto municipal de 1984 prevê a utilização de cores sóbrias nas fachadas de edifícios históricos. Ainda segundo o Ipuf, um processo está sendo elaborado contra o proprietário do Armazém Vieira por descumprir a legislação, independentemente de o grafite ser temporário ou permanente.
Enquete encerrada. Confira o resultado:
