O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Luiz Fornerolli, aguarda o parecer técnico da comissão de engenheiros nomeada para constatação visual das estruturas das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, feita na tarde desta quarta-feira. A visita técnica foi necessária para que o magistrado tomasse conhecimento da realidade das estruturas, que o embasará para decidir se aceita o pedido de liminar do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), pedindo a imediata retomada do contrato de inspeção das estruturas e reparos básicos, em caráter de urgência, nas pontes e nas passarelas.
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MPSC questiona uso de verba destinada ao diagnóstico das pontes
Atraso em estudo dificulta manutenção das pontes
Segundo o engenheiro Honorato Tomelin, integrante da comissão, sexta-feira à tarde os técnicos vão finalizar o relatório da inspeção antes de entregar à Justiça. Dois engenheiros civis e um mecânico acompanharam o juiz, a pé, na análise das cabeceiras, passarelas e estrutura inferior. De barco, observaram os pilares das pontes.
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Veja imagens da estrutura das pontes e da vistoria desta quarta:
Os engenheiros apontaram sinais de fadiga, sobretudo na Ponte Colombo Salles, onde fissuras, corrosão, rachaduras encobertas com concreto e juntas de dilatação obstruídas preocupam. Na passarela, no meio do trajeto, os pinos de ferro que seguravam o guarda-corpo não resistiram e a estrutura cedeu.
Além disso, a passagem está obstruída por moradores de rua. No piso da passarela, há, inclusive, fendas entre as lajotas de onde se pode enxergar o mar. Em alguns momentos, o juiz não escondeu a impressão com a estrutura das pontes. Segundo o magistrado, se for necessário, uma nova perícia será pedida mais adiante.
O MPSC impetrou ação civil pública na última sexta-feira em que pede a retomada do contrato do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), responsável pelas pontes, com o Consórcio Pontes Sul, para fazer um estudo detalhado e técnico da situação. Segundo o MPSC, o contrato foi suspenso em abril por falta de repasse de verbas.
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– Pedimos a manutenção imediata, mesmo sem estudo concluído, dos trabalhos que não dependerem do estudo, como limpeza, sinalização, pintura. E um relatório de perito nomeado pelo juiz que diga se as pontes correm risco de colapso, de ruir – explica o promotor Daniel Paladino.
Presidente do Deinfra, Paulo Meller garante que na sexta-feira será retomada a segunda etapa dos trabalhos com o consórcio:
– Até o final do ano será concluído, detectando os problemas que foram pré-analisados, com a devida solução e com o devido orçamento para uma posterior licitação – justifica.
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Veja abaixo a decisão do juiz em que pede a vistoria: