O encurtamento da construção do contorno viário da Grande Florianópolis na BR-101 dominou a discussão na primeira audiência pública sobre a obra nesta terça-feira em Biguaçu. Os moradores se mostraram contra a construção apenas do trecho mais curto, que começaria no km 195,6 no Centro da cidade.
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Segundo a Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu (Acibig/CDL), membros da comunidade e entidades locais temem que o tráfego pesado que passará na região central prejudique o trânsito.
Os moradores pedem que a obra seja concluída no traçado original, do km 175, em Biguaçu, ao km 222, em Palhoça. O projeto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prevê que a primeira etapa da obra seja do km 195,6 ao km 218,4, depois seria finalizado do km 175, em Biguaçu, ao km 222, em Palhoça. Os trechos iniciais já têm o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) prontos.
Depois, das reuniões, a população tem 15 dias para enviar sugestões ao órgão federal, que terá mais de sete meses para avaliar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). Se o órgão conceder a licença no prazo máximo e não houver necessidades de complementações, tudo indica que a obra pode começar a sair do papel no segundo semestre de 2013.
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Segunda parte da obra
Conforme a Autopista Litoral Sul, o projeto da segunda fase está sendo elaborado com mudanças solicitadas pela ANTT. O que está definida é a parte de Biguaçu, o trecho que vai do Rio Inferninho (km 175) até a altura do Centro de Eventos Pettry (km 195,5). Falta ainda definir o fim do contorno, em Palhoça, já que a ANTT ainda avalia o pedido de alteração do prefeito Ronério Heiderscheidt.
Cansadas de esperar pela construção do Contorno de Florianópolis, 17 entidades sociais e de classe se organizaram para lutar pela obra. Uma manifestação, com panfletagem, será realizada em 19 de outubro, um dia após as audiências, na rodovia. O movimento é liderado pelo Conselho Metropolitano de Desenvolvimento (Comdes).
A Autopista aponta que os usuários potenciais do anel viário representam 16 mil veículos por dia, ou seja, menos de 11% dos 150 mil carros que passam diariamente na BR-101 entre Biguaçu e Palhoça. Mas, as organizações, como a Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu, discordam e afirmam que 20% a 50% é de fluxo pesado e viajantes.
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Próximas audiências