A empresa gaúcha Kopp Tecnologia e a empresa de Joaçaba Focalle Engenharia Viária – ambas fabricam controladores de velocidade – são investigadas por participação na fraude que é alvo da operação “Ave de Rapina”, da Polícia Federal (PF).
Continua depois da publicidade
Leia mais:
::: Confira detalhes da operação da PF nesta quarta-feira
::: Vereador Badeko é um dos foragidos da Operação Ave de Rapina
Continua depois da publicidade
A operação desarticula, nesta quarta-feira, um grupo que praticava crimes contra a administração pública em Santa Catarina. As ações da polícia ocorrem nas cidades catarinenses de Florianópolis e Joaçaba, e também em Porto Alegre, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul e Flores da Cunha.
Ao todo, são 38 mandados de busca e apreensão, de prisão e de condução coercitiva para colher depoimentos. Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, a PF informou que cumpriu 15 mandados de prisão – três deles no Rio Grande do Sul. Treze pessoas estão presas e duas foragidas.
Também foram apreendidos mais de R$ 200 mil, sendo que R$ 35 mil na casa de um dos investigados no RS. De acordo com a PF, há indícios de editais direcionados em licitações vencidas por empresas na prefeitura de Florianópolis. A suspeita é de oferecimento de propina mensal a servidores em troca de contratos.
Continua depois da publicidade
Casos antigos
Em 2011, uma apuração de indícios de direcionamento de editais envolvendo oito empresas também incluía a Kopp. Dois anos depois, baseado em ação civil pública de 2001, o dono da Kopp, Eliseu Kopp, e políticos ligados à prefeitura de Sapucaia do Sul foram condenados por improbidade administrativa por direcionamento de licitação.
Entre os presos em Santa Catarina estão o ex-comandante da Guarda Municipal de Florianópolis, Jean Carlos Viana Cardoso, e o ex-diretor de operações do IPUF, Júlio Pereira Machado. Em setembro, Cardoso e Machado foram flagrados pela Polícia Rodoviária Federal com quase R$ 100 mil e propaganda eleitoral quando se deslocavam de Porto Alegre para Florianópolis. Na época, eles contaram que estiveram na empresa Kopp, localizada na capital gaúcha, responsável por prestar serviços de fiscalização eletrônica de trânsito em Florianópolis.
A investigação
De acordo com informações da PF, a investigação comprovou a existência de um esquema de corrupção inserido na Câmara de Vereadores, Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e na Fundação Cultural Franklin Cascaes, em Florianópolis. Servidores públicos estariam recebendo dinheiro de empresários em troca da manutenção ou elaboração de contratos milionários.
Continua depois da publicidade
Confira fotos da operação: