Antes de prestar depoimento à Polícia Civil, o empresário que foi sequestrado em São Francisco do Sul e liberado em São José conversou com a reportagem de A Notícia em um posto às margens da BR-101, em Araquari.
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A Notícia – Como foi o sequestro?
Eu estava colocando o carvão no porta-malas do carro e eles me renderam. Pegaram meu guri de nove anos também. Me colocaram no carro e, depois, me trocaram para um Siena branco. Daí me levaram para Joinville. Tinha mais gente esperando eles.
AN – O que eles pediram?
Queriam R$ 100 mil. Eu disse que não tinha dinheiro. Falei para eles pegarem os dois carros. No começo, eles aceitaram, até arrumar o dinheiro. Mas um carro da polícia parou e eles ficaram loucos. Não sabiam mais o que fazer.
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AN – E o que eles diziam?
Eles só ameaçavam. Eu dizia ?olha, vocês que sabem, não tenho dinheiro. Se quiserem me largar aqui, eu vou embora sem falar nada?. Eles concordaram em me largar, mas disseram que, se até o fim de semana desse algum problema para eles, iriam voltar e matar toda a minha família. Eles mostraram que sabiam quem morava lá em casa. Falaram das minhas meninas.
AN – O senhor concordou em pagar o resgate?
Não tenho dinheiro. Acho que foi o carro que eu comprei recentemente. É um carro bonito, deve ter chamado a atenção.
AN – O senhor teme que eles voltem?
Claro. A gente tem família. Foi um susto enorme. Só por Deus, mesmo.