A empresa JK Engenharia foi notificada nesta quinta-feira pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) pelas falhas na reforma do teatro do Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC) em Florianópolis. Os defeitos foram apontados por um laudo técnico, depois que uma vara cênica despencou no palco. Outros problemas estruturais foram constatados na perícia, encomendada pela FCC, gestora do CIC.
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Na reunião, o representante da JK Engenharia, Jacson Koester, afirmou que a reforma da caixa cênica foi feita por uma empresa especializada de Curitiba. Ele irá enviar o laudo ao engenheiro responsável pela obra para que se tomem as providências.
O titular da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL),Filipe Mello, pediu a notificação imediata da empresa para iniciar os consertos. Também pediu uma sindicância para apontar a responsabilidade de quem recebeu a obra nessas condições.
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— O laudo da Funarte aponta a execução de itens em desacordo com o memorial descritivo da reforma, a falta de cuidado na realização dos serviços e o uso de material de baixa qualidade. Em nenhum momento cita que foi falta de manutenção— explica a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin.
Segundo a assessoria de imprensa, por ora o teatro não será interditado e a programação cultural continuará inalterada.
O teatro Ademir Rosa é o maior em capacidade de público de Santa Catarina. Passou por uma completa reforma estrutural entre 2009 e 2012, ao custo de R$ 8,5 milhões. Em fevereiro de 2016, a queda da vara cênica preocupou FCC, que solicitou à Fundação Nacional das Artes (Funarte) um laudo sobre a estrutura.
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O documento aponta o risco de colapso da estrutura metálica da caixa cênica, a vestimenta cênica (cortinas, pernas, bambolinas etc.); feita com materiais de baixa qualidade; e a não conformidade técnico-construtiva. A Funarte recomendou que o teatro fosse interditado até que se fizessem as adequações.