A alta do dólar anima, mas também assusta empreendedores de micro e pequenas empresas que se preparam para entrar no mercado norte-americano. Mas para a empresa de tecnologia Priori, de Jaraguá do Sul, no Norte catarinense, agora é o momento de começar a faturar em dólar.

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Participante do programa Exporta-SC, do Sebrae, há cerca de dois meses, dois representantes da empresa se instalaram no escritório na Flórida e intensificaram o contato com clientes e companhias parceiras.

– A presença de um executivo lá dá mais seriedade e também serve para entender como vender para americano, porque é muito diferente de fazer negócio com brasileiros – aprendeu Ademilson Piccoli, um dos sócios da Priori.

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O primeiro contrato internacional da Priori depois de integrar o programa está em vias de ser assinado. A empresa já havia fechado uma parceria com a Apple, Google e Microsoft para oferecer o aplicativo de vendas offline como demonstração. Atualmente, cerca de 150 visitantes conhecem o sistema todos os meses. Além disso, uma empresa italiana também se interessou e as negociações estão avançadas.

– Temos cada vez mais certeza sobre a viabilidade do projeto. Só víamos custos, mas agora começamos a ver o retorno desse investimento. Acredito que a partir do mês que vem consigamos equilibrar essa conta – anima-se Piccoli.

A presença no país da tecnologia agregou ainda no aprendizado e capacitação. Para final de novembro, a Priori programa o lançamento da versão 2.0 do aplicativo Catálogo Off-line, incorporando novas soluções.

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Nosso pão de mel vai ficar mais doce

Quem também contabiliza expectativas de retorno pela participação no Exporta-SC é a Arco-íris, fabricante jaraguaense de biscoitos. Os primeiros pães-de-mel devem estar nas prateleiras dos supermercados norte-americanos antes de terminar o ano.

Primeiro, será preciso fazer investimentos na fábrica e nas embalagens. O próprio nome pão-de-mel não soa bem em inglês e a logomarca, revitalizada em março em comemoração aos 30 anos de fundação, também será adaptada.

Uma agência ofereceu a desgustação do doce à população local em troca de uma pesquisa de opinião.

– Os norteamericanos preferem mais macio, úmido e muito mais doce, então vamos lançar uma nova família de produtos para agradar o paladar deles – afirma o fundador Emílio da Silva Neto.

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Ele afirma que um relatório de iteligência como esse só foi possível por causa do programa do Sebrae, que selecionou 50 empresas catarinenses de pequeno porte para apoiar o processo de internacionalização. A consultoria começou no final de 2014 e se estende até abril de 2017.

– Internacionalizar não é só vender lá fora, exportar. É preciso se preparar para isso – ensina Emilio.

O dever de casa para vender em 2016

Outras participante do Exporta-SC do Vale do Itapocu, a Vitalin programa, para este ano, fazer bem a “lição de casa”. A venda internacional dos cookies e produtos integrais e naturais vai ficar mesmo para 2016. Jerusa De Marchi, uma das sócias do negócio, afirma que o processo americano para certificação e registros para alimentos é exigente e os investimentos nesta fase são em dólar, por isso a cautela neste momento.

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– Existem momentos em que é preciso tirar o pé do acelerador – afirma.

Além da documentação para a FDA, o órgão de controle americano, a Vitalin prepara também as embalagens modo exportação e a adequação dos produtos para o mercado americano.

Confirma o depoimento de Cleber Cruz, sócio da Priori, que está no escritório na Flórida