Embora a expectativa de crescimento econômico venha frustrando muitos analistas, o emprego permanece em alta e um fenômeno tem tirado o sono das empresas: a rotatividade.

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A queixa é generalizada no Estado, explica o chefe substituto de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Roberto Lodetti, acostumado a ouvir de empresários que “o funcionário sai da organização por qualquer coisa”.

Em momentos de crise, Lodetti observa que as companhias conseguem recrutar profissionais mais bem qualificados por salários competitivos, mas agora o jogo está invertido. É a vez desses empregados escolherem os postos de trabalho, que vão da manufatura a cargos de liderança.

O custo do troca-troca pode ser salgado. Segundo o diretor-executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, em algumas empresas, chega a oito salários nominais, por empregado, dependendo do cargo.

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Reter talentos não é simples por causa da variedade de funções e as necessidades de cada indivíduo. Uma pesquisa feita em março pela agência Santo Emprego/GrupoAbra com 446 profissionais de Joinville, Araquari e Garuva mostra que 47% dos entrevistados ganham até R$ 1,5 mil.

Nesta faixa salarial, a perspectiva em relação ao emprego é de curto prazo. Salário e benefícios, juntos, são apontados por 67% dos profissionais como os fatores de maior importância para permanência na vaga.

Conforme o salário avança, esses fatores continuam na dianteira, mas passam a dividir espaço com outras preocupações, como ambiente de trabalho e carreira. Ficar em casa nos fins de semana e morar perto da empresa também contam pontos. A pesquisa indica que 320 mil joinvilenses residem nas regiões Sul e Leste. Mas pelo menos 60% das oportunidades de trabalho estão no Distrito Industrial, na região Noroeste.

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Ações para frear o turnover