Dois Rafaéis terão que subir no tablado e apresentar para centenas de pessoas, nesta sexta-feira, a ideia de negócio social que desenvolveram nos últimos quatro meses. Nascidos na periferia das cidades de Bauru, em São Paulo, e Belém, no Pará, eles estão desenvolvendo juntos a plataforma Ousee, que vai ajudar a ensinar competências em empreendedorismo, tecnologia e inteligência emocional para outros jovens de periferia em Santa Catarina.
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Os dois farão parte do Demo Day, que marca a etapa final do Social Good Lab. Assim como a ideia deles, outras 34 iniciativas de todo o Brasil vão ser lançadas em um evento aberto ao público, das 10h às 19h no Sebrae-SC em Florianópolis. Devem se reunir no local investidores, representantes de aceleradoras de projetos
sociais e outras pessoas interessadas em conhecer as iniciativas.
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Cada um dos projetos que serão apresentados foi escolhido entre mais de 400 inscritos de 23 estados brasileiros para o SGB Lab e ao longo do laboratório. No caso da Ousee, a solução consiste em trabalhar o engajamento e o potencial de jovens de comunidades carentes, tendo como metodologia o ensino por meio de uma plataforma online. O foco é em capacitar jovens aprendizes a trabalharem com diversas ferramentas do munda da tecnologia usadas hoje no mercado.
Foto: Rafel Rodrigues e Rafael Ortiz criaram o Ousee (Lucas Bitsmuller/SGB)
– Nós desenvolvemos uma metodologia e já testamos. Ela funciona. Agora precisamos transpor isso para o online. A plataforma será gamificada, um jogo, só que para a vida – conta Rafael Rodrigues, um dos autores do projeto.
O Ousee
A iniciativa foi criada pelos jovens Rafael Ortiz e Rafael da Silva Rodrigues, de 29 e 27 anos, respectivamente. Os dois são estudantes de gestão de TI no Instituto Federal de Santa Catarina, onde se conheceram e hoje estão na sexta fase do curso. Na foto, Rodrigues aparece em uma das atividade do SGB Lab em que os participantes foram conhecer ONGs da Grande Florianópolis para entender seus reais problemas. Nesse caso, eles foram para o Asilo Irmão Joaquim.
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A ideia inicial do projeto é levar essa nova ferramenta para ONGs de Santa Catarina que trabalhem com capacitação de jovens de comunidades carentes para que entrem no mercado de trabalho.
– Para daqui a cinco, dez anos, a nossa ideia é estar em todo o Brasil. Quem sabe até em outros países da América Latina, que também tem problemas semelhantes aos nossos, às vezes até piores – conta Rafael Ortiz.
Além do Ousee outras seis inciativas são desenvolvidas em Santa Catarina.
Politize! Conheça o site.
Diego Calegari, de Florianópolis
Politize! é uma plataforma gamificada de educação política que leva o aluno por um percurso de identificação de problemas da escola ou comunidade, levantamento de ideias, obtenção de apoio, prototipação de soluções cidadãs viáveis e implementação (pelo menos uma), com apoio de atores-chave. Alunos de diferentes escolas, em diferentes municípios se comunicam, postam seus resultados, inspiram-se com conquistas de outros e se motivam em uma narrativa de jogo com foco no empoderamento coletivo. Implementação em escala por meio de atores locais capazes de dar suporte ao processo, que atuam em rede e são preparados pela equipe Politize!
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A Bee C – Educação inclusiva – Conheça o site
Fernanda Konradt de Campos, de Florianópolis
Plataforma inédita para captar e difundir boas práticas de ensino inclusivo, tem o objetivo de facilitar que professores que possuam experiência com alunos com necessidades educacionais especiais possam compartilhar dicas, sugestões de aulas e de materiais didáticos com aqueles que a cada ano recebem uma criança com uma deficiência diferente e não sabem como mediar. Além disso, familiares e demais especialistas envolvidos com as crianças poderão se beneficiar da plataforma, constituída na forma de rede social.
InTurma – Conheça o site
Amanda Busato, de Florianópolis
Inturma é uma plataforma de inovação social que conecta alunos de graduação à causas sociais através da realização de trabalho voluntário exercido com competências técnicas e caráter profissional. Objetivo é diminuir a distância que existe entre a Academia e o mercado de trabalho engajando alunos e professores para que aproveitem disciplinas, trabalhos de conclusão de curso, atividades complementares e horas de extensão na execução de demandas técnicas de organizações públicas e sociais. No fim, os acadêmicos são agentes de impulsão de tecnologia social.
Eu chego lá – Conheça o blog
Graziela Dias Alperstedt, de Florianópolis
EU CHEGO LÁ busca resolver o problema de falta de acessibilidade e de informações sobre acessibilidade nos espaços públicos e privados das cidades, além de falta de consciência social para com as pessoas com mobilidade reduzida. A solução encontrada foi um aplicativo ligado a um site os quais seriam alimentados tanto por pessoas físicas, quanto por empresas. Com tecnologia colaborativa, o site permite a alimentação de dados pelas próprias pessoas para gerar e avaliar informações sobre acessibilidade.
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EuTeGuio – Conheça o site
Natália Terezinha Alves, de Florianópolis
O EuTeGuio é uma plataforma a ser utilizada em tablets e celulares para auxiliar a criança autista em sua rotina diária, auxiliando-a a desenvolver autonomia. Esta tecnologia foi escolhida devido à facilidade de manuseio verificada em entrevistas aos pais, que relataram que para elas é mais fácil utilizar touchscreen do que teclado e mouse. Seus pais poderão organizar sua rotina com flexibilidade podendo incluir imagens, fotos do seu próprio cotidiano ou vídeos com instruções das atividades a serem realizadas. Mesmo sendo planejado para ser utilizado por crianças autistas, o EuTeGuio também poderá ser utilizado por crianças não autistas, proporcionando escalabilidade em seu uso.
Cientista que virou mãe – Conheça o site
Ligia Moreira Sena, de Florianópolis.
Informação produzida por mulheres – jornalistas, cientistas e produtoras independentes de conteúdo e financiada pelos próprios usuários, pelos leitores, sem intermediários, crowd to crowd. É a Plataforma CIENTISTA QUE VIROU MÃE. Há 9 meses em desenvolvimento e acelerada pelo Social Good Brasil Lab, temos um objetivo: fortalecer mulheres, defender a infância e produzir informação para a transformação social.
Serviço
O quê: Demo Day SGB Lab 2015
Quando: 16 de outubro, das 10h às 19h
Local: Auditório do Sebrae. Parque Tecnológico Alfa – Rod. SC-401, Km 01 Lote 2, S/n. João Paulo, Florianópolis – SC
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Inscrições: gratuitas pelo link http://goo.gl/uv4S2v
O Social Good Lab
Seis finalistas serão escolhidos para se apresentar no palco do Seminário Social Good Brasil, que acontece nos dias 12 e 13 de novembro em Florianópolis (e ainda está com inscrições abertas pelo link http://www.socialgoodbrasil.org.br/inscreva-se)
O ano de 2015 marca a terceira edição do Lab. Foram mais de 400 inscritos de 23 Estados do Brasil. Para passarem por mentoria e desenvolvimento, foram selecionadas 50 ideias de 14 Estados diferentes para o SGB Lab. Os projetos passaram por quatro meses de aceleração, onde puderam participar de encontros presenciais e ter auxílio de mentores com expertise em empreendedorismo.
– No Lab o participante é desafiado o tempo todo, tem acesso à metodologias inovadoras, como o design thinking e a startup enxuta, para apoiar os empreendedores a transformar suas ideias em realidade – explica a coordenadora do Lab 2015, Bárbara Basso.
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No final do ano, os labbers ainda terão a última formação, em parceria com a incubadora de negócios sociais GSBI (Global Social Benefit Incubator), promovido pelo SGB após a organização ser uma das sete selecionadas no mundo todo para uma formação realizada na Universidade de Santa Clara, no Vale do Silício.
Criado pelo Social Good Brasil, 58% das iniciativas que passaram pelo Lab em 2013 e 2014 seguem em atividade e desenvolvendo ideias empreendedoras que ajudem a melhorar o dia a dia das pessoas.
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