A despedida do delegado Renato Hendges, o Renatão, é marcada por emoção de colegas policiais, amigos e familiares, em Florianópolis.
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O velório também representou aos presentes um momento de recordação dos casos policiais, as histórias do dia a dia e o incrível reconhecimento deixado ao longo de quatro décadas de atuação na Polícia Civil.
O corpo será velado até às 19h no ginásio da Academia da Polícia Civil, em Canasvieiras. Depois, será cremado em Balneário Camboriú.
No caixão foram colocadas bandeiras do Estado de Santa Catarina, da Polícia Civil e do Figueirense. Dezenas de coroas também ocupam o espaço.
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O grande número de policiais civis e militares de várias partes do Estado chama a atenção. Além dos familiares, estavam bastante emocionados os ex-colegas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), especialmente a equipe com quem trabalhou na Divisão Antissequestro.
– O que mais aprendi com ele é o momento certo que tinha para tomar decisões, desde a libertação das vítimas à abordagem dos suspeitos. Tinha paciência, persistência. Não desistia de nenhum caso e ia até o final – lembrou a comissária Terezinha Rossi, que trabalhou 15 anos na equipe da Antissequestro comandada por Renatão.
O comissário Mário Rocha conviveu ao lado do delegado por 27 anos na mesma equipe:
– Era um irmão, um amigo. De folga, reuníamos as famílias. Na polícia, tinha uma teimosia para o bem. Mesmo com a doença, agora, não se queixava, aguentou no peito até onde pode – emocionou-se Mário.
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Para o major da Polícia Militar Zelindro Farias, que atuou em ações conjuntas na elucidação de sequestros, o delegado é um ícone da polícia catarinense, brasileira e latino-americana.
– Habilidade, conhecimento técnico, liderança, confiança da equipe. Aprendi muito com ele – disse Zelindro.
– Na imagem dele se via como ninguém a representação da Polícia Civil – destacou o delegado André Sena.
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A delegada Ester Coelho recordou da facilidade que tinha para transmitir carisma, da paixão pelo trabalho e a lealdade com a polícia.
– Tinha o dom de saber ouvir, seja quem fosse a pessoa.
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