O embaixador do Brasil na Coreia do Norte, Roberto Colin, participou da reunião com o Ministério do Exterior na tarde desta sexta-feira e foi comunicado sobre o plano de evacuação dos estrangeiros. Recebido pelo primeiro vice-ministro em um hotel da cidade de Pyongyang, o catarinense, junto a outros representantes de embaixadas, assistiu a uma apresentação do governo. Para os norte-coreanos, a atual situação é a mais difícil para o país desde a Guerra da Coreia (1953-1956).

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> Coreia do Norte sugere evacuação de embaixadas de Pyongyang

Para fazer esse plano, o governo solicitou que as embaixadas e os organismos internacionais informassem, no máximo, até 10 de abril qual decisão pretendem tomar. Será permitido, inclusive, ficar no país ou transferir a embaixada para outra cidade.

– Provavelmente amanhã, no final do dia, serão tomadas as decisões. Será muito importante saber qual a decisão da ONU, com os organismos que eles têm aqui. Certamente, o Itamaraty autorizará aquilo que eu propuser. Vou avaliar conforme as conversas com os meus colegas e fazer uma sugestão – confirmou o embaixador brasileiro em entrevista ao DC.

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O Itamaraty foi comunicado oficialmente no fim do dia. Colin, nascido em Blumenau, pretende conversar com outros embaixadores, funcionários da ONU e de outros organismos internacionais para então decidir qual será a posição brasileira.

– Eles dizem que tudo foi provocado pelos Estados Unidos que decidiram, desde o lançamento do foguete pela Coreia do Norte, em dezembro do ano passado, transformar isso numa questão, num problema. Falaram ainda sobre esses exercícios militares que os norte-americanos estão realizando há algumas semanas na Coreia do Sul usando, inclusive, submarinos nucleares e bombardeiros estratégios. Com isso, a situação na península coreana está extremamente perigosa. Havendo mesmo, isso o primeiro vice-ministro disse, o risco de uma guerra.

O clima nas ruas de Pyongyang durante o dia passou longe da possibilidade de uma guerra. Feriado no país pelo Dia dos Antepassados, as famílias participaram de vários eventos em parques, principalmente com piqueniques. Segundo Colin, não há nenhum tipo de manifestação ou mobilização neste sentido.

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