A origem dos terrenos onde supostamente seriam erguidos os empreendimentos vendidos por Marcos Queiroz pautou parte da audiência desta quinta-feira no processo que apura um golpe milionário em Joinville.

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Cinco proprietários de terrenos que foram cedidos em permuta a Queiroz nos últimos anos falaram na condição de testemunhas de acusação. Eles afirmaram ter negociado os imóveis com a condição de receberem apartamentos como moeda de troca quando os edifícios estivessem prontos.

As negociações foram tratadas individualmente e em momentos diferentes com Marcos Queiroz. Mas o ponto em comum entre os donos dos terrenos era o fato de que, como as obras nunca começaram, não havia garantias de que um dia receberiam os apartamentos.

Três dos proprietários ainda afirmaram ter sofrido prejuízo porque as casas onde moravam naqueles terrenos foram demolidas. A lista das outras dez testemunhas ouvidas nesta quinta foi preenchida por pessoas que venderam mercadorias para as lojas de material de construção de Queiroz ou prestaram serviços ao empresário – outras duas testemunhas intimadas serão ouvidas fora de Joinville.

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A maioria afirmou ter valores a receber de Marcos Queiroz devido a prestações não pagas em meses anteriores e após agosto do ano passado, quando o caso veio à tona e Queiroz acabou preso. Uma das testemunhas também revelou que Marcos Queiroz desapareceu com uma caminhonete e um caminhão levados para testes durante uma negociação de compras, mas nunca pagou pelos veículos.

Marcos Queiroz esteve presente na audiência desta quinta, assim como outros cinco ex-funcionários dele que também são réus no processo. Apenas Ana Cláudia Queiroz, mulher de Marcos, não compareceu. Novas audiências serão agendadas para o depoimento de outras testemunhas. O interrogatório dos acusados também será marcado.