Este sábado, mesmo dia em que o novo valor da passagem começou a ser R$ 4,05, foi de protesto entre os funcionários do transporte coletivo em Blumenau. A primeira interrupção temporária do serviço aconteceu no Terminal do Aterro, das 9h às 9h30min. Na sequência, o Terminal da Proeb, das 9h30min às 10h, e por fim no Terminal da Fonte, das 10h às 10h30min.

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Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau (Sindetranscol) Pradelino Moreira da Silva, as paradas ocorrem como forma de protesto, exatamente no dia em que os usuários do transporte coletivo começam a pagar mais para se locomover pela cidade.

— A população pensa que o aumento da passagem é por conta do nosso reajuste dos funcionários, mas se engana. Nada foi repassado e até agora não chegamos em um acordo com a empresa, as reuniões acontecem mas não há avanço na negociação. Hoje (sábado) fizemos esta manifestação e ela pode acontecer nos próximos dias também — cita.

Quem foi pego de surpresa pela breve paralisação não gostou muito da notícia. A passageira Lindamir Ferigotti, 68 anos, foi reclamar com os funcionários sobre a demora para a saída dos ônibus e aproveitou para protestar contra o sistema público.

— Acho um absurdo, tem idosos e mulheres grávidas aqui. Se eu soubesse não teria nem saído de casa. Eu não pago passagem, mas é um absurdo a empresa cobrar R$ 4,05 e não oferecer um serviço de qualidade ao morador de Blumenau. Nós merecemos respeito —comentou a aposentada de 68 anos que estava a caminho da Velha quando foi surpreendida pelo protesto no Terminal da Fonte.

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Segundo o Sindetranscol, a população não foi avisada com antecedência pois não se trata de uma paralisação ou greve, apenas uma manifestação temporária. De 60% da frota que circula na cidade no domingo, 20% teve o serviço interrompido provisoriamente durante o protesto.

Nova tarifa, velhos problemas

Outra passageira que se sentiu prejudicada na manhã de sábado foi Anete Ana de Borba, 58 anos. Após cumprir a jornada de trabalho em uma empresa do Bom Retiro ela estava a caminho de casa quando ficou sem ter como se locomover.

—Eu estou cansada, paguei R$ 4,05, um horror de caro na passagem, e agora não consigo chegar na Nova Esperança. Nós temos direitos — exige ao citar que se isso acontecer durante a semana será prejudicada, pois receberá descontos na folha de pagamento.

Lindamir ainda cita que não é apenas o usuário do transporte coletivo que perde com essas interrupções no serviço.

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—Nesta época do ano, se não temos ônibus o comércio também perde. As pessoas deixam de sair de casa e de consumir na cidade. Isso precisa ser resolvido. Na segunda-feira vou até a prefeitura protestar e a população deveria fazer o mesmo — instiga.

:: Nova tarifa do transporte coletivo de Blumenau passa a valer neste sábado