O Deputado federal de Santa Catarina João Pizzolatti se defendeu das acusações de envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro citadas em reportagem da revista Veja deste fim de semana. Em nota oficial encaminhada à imprensa por volta das 19h deste sábado, o deputado nega ter praticado qualquer ato ilícito ao longo de sua vida pública e garante não ser possível ter seu nome envolvido em fraude na Petrobras.

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Segundo a publicação, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que aceitou um acordo de delação premiada, delatou à Polícia Federal dezenas de senadores e deputados federais de três partidos (PT, PMDB e PP), governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propinas com dinheiro de contratos da estatal. Entre os nomes citados, estão o do deputado do PP de Santa Catarina, João Pizzolatti.

>> João Pizzolatti fala com a reportagem do Diário Catarinense

Ainda segundo Pizzolatti, a revista Veja “tenta desestabilizar candidaturas que não têm o seu apoio”. Por conta disso, informou que entrará com medidas judiciais contra a a publicação.

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Mais cedo, Pizzolatti falou por telefone com a reportagem do Diário Catarinense. Irritado, disse que não há provas contra ele e pede que sejam quebrados seus sigilos bancário e telefônico, se necessário.

– Quero ver uma prova! Pegaram um depoimento de um condenado e fazem uma denúncia sem provas. Fazem isso 30 dias antes da eleição, citam nomes sem uma sustentação- desabafou.

Confira a nota na íntegra:

“O Deputado João Pizzolatti, em razão de matéria publicada pela Revista VEJA, Edição 2390, em que é citado como um dos diversos parlamentares supostamente ligados ao ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, tem a afirmar que:

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1. O Deputado NEGA, DE FORMA VEEMENTE, a prática de qualquer ato ilícito ao longo de sua vida pública, não tendo conhecimento da existência de absolutamente nenhum depoimento do Sr.Paulo Roberto Costa que possa ter envolvido o seu nome.

2. A própria Revista VEJA reconhece que o processo corre em segredo de justiça, sendo que chama a atenção o fato de o conteúdo da noticiada delação premiada *não ter sido objeto de absolutamente nenhuma comprovação, por qualquer meio que seja, ao longo de toda a reportagem*, o que por si só demonstra a maldade e irresponsabilidade do texto calunioso, o qual será objeto das competentes medidas judiciais contra a Revista.

3. A reportagem (da Revista VEJA) revela nítido interesse eleitoreiro, pois tenta desestabilizar várias candidaturas em vários níveis de campanha (federal e estadual; majoritária e proporcional), tudo em benefício de projetos de candidatos veladamente apoiados pela VEJA.

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4. A Revista VEJA, hoje igualmente não tem credibilidade, pois há muito deixou de ser um órgão de imprensa para se transformar em uma extensão de comitê eleitoral de determinados projetos políticos.

5. O Deputado Pizzolatti não se intimidará e nada tem a temer em relação a quaisquer de seus atos, eis que ao longo de anos de vida pública, séria e honrada, o mesmo sempre só fez demonstrar incansável trabalho e dedicação em prol do povo de Santa Catarina.

Florianópolis, 06 de setembro de 2014.

JOÃO PIZZOLATTI JÚNIOR

Deputado Federal – PP-SC”