Em uma entrevista exclusiva à Rede Globo nesta quarta-feira, Caio Silva de Souza, 22 anos, admitiu que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade em uma manifestação na quinta-feira. Andrade morreu na segunda-feira. O jovem disse que não tinha um alvo específico e que não sabia que o objeto que estava acendendo era um rojão.
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– Pensei que fosse um cabeção de nego – afirmou Caio, referindo-se a um artefato usado apenas para produzir barulho, mas sem poder destrutivo.
Ele também disse que estava com medo de ser morto por pessoas envolvidas na manifestação. Embora tenha concedido a entrevista, o suspeito afirmou que dará depoimento apenas em juízo.
Caio foi preso em Feira de Santana, na Bahia, e levado ao Rio na manhã desta quarta-feira. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (DP) do Rio afirmou não ter dúvidas de que foi ele o responsável por acender o rojão que feriu mortalmente o cinegrafista. Imagens obtidas pela Polícia Civil mostrariam o suspeito minutos antes do lançamento do artefato explosivo sem a camiseta no rosto. O depoimento de um fotógrafo também teria sido esclarecedor sobre a identidade do homem.
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