A quadra do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Udesc, em Florianópolis, já está acostumada a receber as crianças de quatro a 11 anos do projeto Baby Basquetebol Cidadania, mas no treino dessa terça-feira elas se esforçaram em dobro para impressionar um convidado especial. Os alunos experimentaram o que é ter como treinador o primeiro brasileiro campeão da NBA.
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O catarinense Tiago Splitter aproveitou as férias do San Antonio Spurs, e também da Seleção Brasileira, para realizar a quarta de uma série de cinco clínicas com jovens talentos do esporte no Sul do Brasil. Mais de 300 fãs compareceram para assistir ao treino e a uma palestra concedida pelo ídolo. O Diário Catarinense também esteve lá e aproveitou para conversar com Splitter sobre Olimpíada, Jogos Pan-Americanos, NBA e, claro, sobre a nobre iniciativa.
Qual o intuito de fazer esse tour com as crianças daqui?
Foi uma ideia que obviamente copiei dos Estados Unidos, onde muita gente faz isso de trazer essa experiência para as crianças, brincar com elas, dar a oportunidade de estarem ao lado de um ídolo do basquete. Já tenho uma noção de quem faz as coisas bem, quem está apoiando o basquete, e o Gilberto Vaz é um deles. O projeto em Florianópolis é com crianças bem pequenas, e isso é muito importante para o basquete, essas crianças começando com sete, oito anos faz uma diferença enorme.
É um momento de ensinar ou incentivar os pequenos?
É mais para incentivar. Em um treino você pode dar um detalhe para um, falar com outro, mas é claro que muita coisa não vou ensinar para eles. É mais o contato, ter uma motivação para continuar jogando basquete.
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Depois de ser campeão com o Spurs em 2014, você vem de uma temporada que sofreu com as lesões (a última, na panturrilha direita, em abril). Já está totalmente recuperado?
Ainda não estou bem, mas estou melhor. Correndo aos poucos, com menos dor. Hoje vou brincar um pouco com os alunos. Estou fazendo um tratamento especial, vou para a Espanha agora de novo cuidar disso. Mas espero estar bem para a próxima temporada
Que seja uma temporada melhor do que a última?
Sim, a última foi horrível, tanto para o time, quanto para mim, porque os três primeiros meses não joguei por lesão, e no último me machuquei de novo. É horrível estar fora de forma, sem ritmo de jogo, espero que esse ano seja diferente.
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E o que esperar dessa equipe B que vai ao Pan de Toronto?
O Pan é uma competição em que sempre vão times B. A Argentina vai levar um time B, o Canadá a mesma coisa. A gente vai levar uma equipe que tem uma experiência, alguns atletas até já jogaram Olimpíada, como o Raulzinho. E são atletas que precisam de minutos, precisam de jogos importantes. Nossa geração já teve que passar por isso, já teve que jogar o Pan, passar por todo esse desenvolvimento para estar em jogos de pressão e um dia chegar a ter mais responsabilidade em uma competição como Mundial ou Olimpíada.
Neste tour você está experimentando um pouco o sabor de ser técnico. Pensa em seguir esse rumo no futuro?
Para as crianças talvez, mas para o profissional, adulto, não. Não é a minha praia. Gosto de brincar com as crianças, de falar com elas. Gostaria de fazer algum trabalho na base.
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E o que ainda almeja como jogador de basquete?
Continuar em um time forte na NBA, seguir brigando por títulos. E na seleção brasileira acho que realmente a oportunidade que a gente tem é no Rio de Janeiro. Essa é a oportunidade desta geração, que talvez já esteja no fim, muitos já não vão mais jogar depois, então é para encerrar com chave de ouro.