Uma festa de aniversário acabou em assassinato na madrugada desta quarta-feira em Porto Belo. O fotógrafo Junior Jardel Chaves Petzhold, 31 anos, que havia sido contratado para fazer a cobertura do evento, e o amigo dele, o músico Régis Eduardo dos Santos, 23 anos, um dos convidados, foram esfaqueados por volta das 4h. O crime ocorreu nos fundos da casa noturna em que ocorria a comemoração, na Avenida Governador Celso Ramos, bairro Perequê.

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Juninho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, não resistiu ao ferimento e morreu no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, durante a manhã.

– Ele foi meu anjo da guarda. No dia do meu aniversário, nasci de novo. Era para ter sido eu, o cara queria me matar – afirma Santos.

O músico conta que a festa era para celebrar o aniversário de um ex-patrão e dono da casa noturna. Segundo ele, só havia amigos e pessoas conhecidas no local. Por volta de 3h50, o suspeito, que estaria na casa a serviço do dono da festa, teria chamado Santos para ir nos fundos do estabelecimento.

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– Vi que ele estava meio apavorado e pensei: “vai que ele precisa de alguma coisa, a gente era conhecido também, achei ele nervoso e fui”. O Juninho veio comigo. Quando botei o pé na rua, olhei, ele tirou uma faca da cintura e veio para cima de mim. Não disse nada. Não tem explicação nenhuma – relata, ainda sem entender.

Ao ver a faca, Santos saiu correndo e tentou entrar novamente na casa noturna, mas tropeçou em um degrau que há na porta e caiu. Neste momento, foi alcançado pelo suspeito que o golpeou com uma facada nas costas. Por sorte, a faca o atingiu na altura da costela e não houve perfuração. Já Juninho, de acordo com Santos, teria tentado segurar o suspeito. Ele foi esfaqueado no lado esquerdo do abdômen.

Após desferir os golpes, o suspeito fugiu. Santos, então, entrou na casa para buscar ajuda.

– Pegaram eu e o Juninho e levaram a gente para o hospital (em Itapema). Estava tudo bem, ele (Juninho) estava conversando comigo, parecia bem. Eu disse: “nós vamos sair dessa, irmão – lembra.

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O único momento em que Santos relata ter percebido algo estranho em relação ao suspeito do crime, foi quando ele teria subido no palco para cantar e pediu que ele ligasse o microfone, que havia parado de funcionar.

– Ele (suspeito) foi meio estúpido comigo e eu senti que estava rolando alguma coisa. Duas horas depois, ele me chamou lá fora e aconteceu o crime.

Juninho vai ser enterrado às 9h30min desta quinta-feira no cemitério do bairro Casa Branca, em Itapema.

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Investigação

O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Andrade, conta que já tomou o depoimento do aniversariante e de testemunhas que estavam na festa. Ele pretende ouvir o músico Régis Eduardo dos Santos ainda nesta quinta-feira.

– A princípio teria ocorrido uma discussão por conta de um ajuste no som, pelo volume – informa.

Conforme o delegado, policiais civis procuraram o suspeito em diferentes endereços nesta quarta-feira, mas não o encontraram. Ele teria passagem por tentativa de homicídio no Rio Grande do Sul.

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