O motorista do caminhão com placas de Pomerode era Félix Alexandre Goebl tinha 40 anos e conhecia bem os perigos da BR-470. Caminhoneiro de profissão, era experiente em levar cargas pesadas, como o lote de areia que transportava na manhã desta sexta-feira, quando se envolveu no acidente que deixou três mortos na BR-470.

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O sobrinho, afilhado e compadre Thiago, conta que Félix era um homem sério e correto e sempre preocupado com a família, composta pela esposa Lilian e pelos dois filhos de 13 e 8 anos.

– Ele estava acostumado com a 470, mas mesmo assim achava perigoso. O problema dessa 470 é a duplicação, não dá mais pra continuar do jeito que está.

Thiago acredita que Félix estava retornando para Pomerode quando se envolveu no acidente que lhe tirou a vida. Mais uma que fica no asfalto da 470.

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Fumaça densa espalhava-se pelo céu

Um forte cheiro de pneu e metal queimados exalavam da fumaça cinzenta que espalhava-se pelo céu de Gaspar. Centenas de fardos de leite e areia jogados pela rodovia. Muita correria e trabalho intenso para apagar os focos de incêndio que insistiam em reacender em um dos caminhões. Esse era o cenário na manhã desta sexta-feira, no quilômetro 40 da BR-470.

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Apesar do bloqueio físico imposto pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), as pessoas insistiam em registrar o acidente que envolveu dois veículos de passeio e dois caminhões. Celulares filmavam cada minuto da ação dos profissionais. Além da PRF, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil também integraram-se na ação que começou por volta das 9h30 e dura até o início desta tarde.

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