Paralelo à queda de braço entre Ministério Público e o Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe), salta aos olhos de Priscila Krieger o desenvolvimento da filha com a inclusão no ensino regular. Camille desenvolveu habilidades sociais, aprendeu a comer sozinha e parou de usar fraldas. O pai, Emil Chartouni Neto, também defende o resultado:

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– Desde a mais tenra idade as crianças precisam aprender que as pessoas não são iguais. Todos têm diferenças, dificuldades e problemas. Essas crianças ditas normais crescem conhecendo a realidade e vendo que cada um tem suas deficiências – avalia o empresário.

:: MP defende avaliação de deficiência autorizada pela família para matrículas em escolas de Blumenau

De acordo com a professora do mestrado em Educação da Furb, Andrea Wuo, a Política Nacional de Educação Especial determina que o ensino especial deve ser feito dentro da escola. As atividades complementares, caso sejam necessárias, podem ser feitas fora do ambiente escolar, mas nunca como algo que substitua a educação formal. Andrea ressalta que não basta o aluno com deficiência ficar dentro da sala de aula.

– Ele precisa ter direito ao ingresso, permanência, aprendizagem e participação – enfatiza.

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Município atende 385 alunos

A secretária de Educação de Blumenau, Helenice Luchetta, aponta que a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação dão o norte sobre como os gestores públicos e privados devem atuar.

Atualmente a rede municipal tem 385 alunos com deficiência e contrata 170 profissionais que atuam na função de segundo professor. Também disponibiliza salas multifuncionais que oferecem atividades no contraturno das aulas e financia as atividades do Paradesporto Escolar, que atende cerca de 200 alunos.