Autor da defesa que marcou o começo da virada do Marcílio Dias sobre o Avaí, o goleiro Rodolpho passou o domingo em casa, na companhia da esposa e dos filhos, em Balneário Camboriú.
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O goleirão contou como foi defender o pênalti que mudou o rumo da partida:
Como foi fazer a defesa do pênalti?
Rodolpho – Naquele momento do pênalti o torcedor ficou eufórico. Se tivesse um terceiro gol ali seria muito difícil reverter a situação. Nos dois a zero já estava difícil, ficaria pior. Mas eu agradeço a Deus por ter feito aquela defesa. A partir daquele momento nossa equipe começou a encaixar, até que fizemos o primeiro gol e o torcedor não parou mais, fizemos o segundo e o terceiro. Então, acho que realmente a partida foi decidida ali com o apoio da torcida. O jogo estava praticamente perdido e a torcida conseguiu motivar os jogadores, que fizeram seu trabalho da melhor forma. E, com muita qualidade, a gente conseguiu reverter uma situação que no primeiro tempo parecia perdida.
Dizem que não é obrigação do goleiro defender o pênalti, mas sim do batedor marcar. Você concorda? Isso faz com que a sensação seja ainda mais espetacular?
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Rodolpho – Realmente, se você for tirar uma porcentagem de aproveitamento do batedor e do goleiro (no caso de pênalti) a do cobrador é bem maior. Com certeza é muito mais fácil fazer do que defender. Mas também existem meios de observar o adversário e o goleiro, hoje em dia, está tendo mais cuidado e mais inteligência para fazer a defesa. Existe toda uma preparação para aquilo ali. Mas com certeza continua sendo muito mais difícil defender do que fazer.
E o que passa na cabeça do goleiro no momento que antecede o pênalti?
Rodolpho – Eu procurei concentrar bastante. Eu sempre peço a Deus muita luz ali, naquele momento, para poder fazer a defesa e antes do jogo eu já procuro saber sobre os batedores. O Betinho (Avaí) era um que eu achava que poderia bater e ele começou junto comigo no Náutico, então eu sabia mais ou menos as características. O que eu fiz ali foi esperar o máximo possível ele bater na bola. Quando ele bateu foi que eu saí.
Seu último clube foi a Chapecoense. Está se adaptando? Como você foi acolhido no Marcílio?
Rodolpho – Muito bem. Faz mais de 15 dias que estou aqui e estou participando de vitórias como essa que ficam pra sempre. São jogos como esse que a gente não esquece, e esse é mais um jogo da minha carreira que eu jamais vou esquecer. A gente vai passo a passo fazendo nosso trabalho com humildade, esperando a conquista jogo a jogo para que a gente possa chegar ao objetivo. Mas fui muito bem recebido, estou aqui com a minha família e estamos gostando muito.