Quando Marquinhos sofreu a penalidade, aos 17 minutos do segundo tempo, e deu a bola para Betinho bater, os dois certamente já davam a vitória do Avaí sobre o Marcílio Dias como certa. Àquela altura, o Leão vencia por 2 a 0 (dois gols de Betinho) e encaminhava seu segundo triunfo consecutivo no Campeonato Catarinense. Mas o futebol não perdoa. Foi a defesa de Rodolpho no pênalti cobrado pelo camisa 7 azurra que recolou o Marinheiro no jogo e marcou o início de uma reação incrível. Vinte minutos mais tarde, o Marcílio comemorava a virada, e os gritos de olé ecoavam no estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí.
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::: Veja como foi o jogo no minuto a minuto
O herói do jogo poderia ter sido Betinho, mas foi Schwenk. O atacante de 34 anos, ex-Figueirense, marcou duas vezes e comandou a improvável e emocionante virada marcilista. Antes disso, Fabiano havia diminuído. Com a vitória, o Marcílio chegou a quatro pontos e termina a rodada na frente do Avaí, que soma apenas três pontos em três jogos. O Leão terá que arrumar a casa rapidamente, pois na próxima quarta-feira já recebe o JEC em seu primeiro clássico no ano. Uma nova derrota complicaria de vez a busca pelo quadrangular final. Já o Marcílio visita o Atlético-Ib, também na quarta-feira.
Betinho faz dois e dita o ritmo para o Leão
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O Avaí entrou em campo embalado pela goleada sobre o Juventus, mas sem seu principal jogador. Com o fim do contrato de empréstimo de Cleber Santana com o Flamengo, o Leão não teve tempo hábil para formalizar um novo vínculo e regularizar a situação do atleta junto à CBF. E como fez falta o CS88, substituído por Tinga. Com dificuldades para segurar a bola, o Avaí demorou a entrar no jogo, enquanto o Marcílio começou pilhado e pressionando nos minutos inicias.
Se o técnico Guilherme Macuglia já estava impaciente ao ver o Marinheiro esbarrar na defesa avaiana, ficou ainda mais bravo quando Julio César apareceu livre pelo lado esquerdo do ataque avaiano, aos 21 minutos, e cruzou para Betinho, completamente livre, pegar de primeira e abrir o placar. O camisa 7 azurra estava ligado, ao contrário da defesa do Marcílio. Aos 38, ele aproveitou a bobeira de Toninho e não perdoou. Na saída de Rodolpho, tocou com categoria para estufar as redes e comemorar diante da torcida avaiana que compareceu em bom número ao estádio doutro Hercílio Luz.
Apesar de chegar ao ataque em algumas oportunidades, o Marcílio Dias pouco assustou. O ex-Figueirense Schwenk foi quem mais se apresentou para o jogo, foi voluntarioso e até forçou um cartão a Marquinhos, mas chance de gol não teve nenhuma.
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Marcílio busca reação incrível e festeja a virada com “olé”
Sem alternativas, Macuglia foi ousado e tirou um zagueiro para a entrada de um atacante. Felipe Oliveira foi a campo com a missão de ajudar Schwenk. Mas o foi o camisa 9 que quase diminuiu para o Marinheiro aos 4 minutos – Diego fez uma linda defesa para salvar o Avaí. .Somente quando Marquinhos resolveu buscar jogo o Leão voltou a controlar a partida. Mas a noite ruim de Luciano e a pouca participação de Tinga impediam que as jogadas ofensivas tivessem sequência na maioria das vezes. O último acabou substituído por Felipe Alves.
Mesmo sumido na segunda etapa, Betinho poderia ter anotado um hat-trick e matado o jogo em cobrança de pênalti sofrido por Marquinhos. Mas Rodolpho não deixou e defendeu a penalidade. Mal sabia o goleiro que o lance mudaria a história do jogo. E três minutos foram suficientes para o Marcílio empatar o duelo. O gol de Fabiano, cinco minutos mais tarde, recolocou o Marinheiro no jogo e deu início à pressão. O de Schwenk, de pênalti, pôs fogo na partida e deu início à festa marcilista.
Os minutos finais foram de jogo aberto, com as duas equipes buscando o gol da vitória. E quem se deu melhor foram os donos da casa. A cinco minutos do fim, a experiência de Schwenk falou mais alto. Em contra-ataque, o atacante de 34 anos aproveitou o cruzamento de Léo Franco e deu uma testada certeira para completar a virada e garantir a noite de festa no estádio Dr. Hercílio Luz.
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FICHA TÉCNICA
MARCÍLIO DIAS
Rodolpho; Gustavo (Felipe Oliveira), Baggio, Toninho; Thoni (André Luiz), Xipote, Fabiano, Clebinho e Márcio Careca; Dênis Willian (Léo Franco) e Schwenck
Técnico: Guilherme Macuglia
AVAÍ
Diego, Arlan (Bocã), Bruno Maia, Antônio Carlos, Eduardo Neto; Eduardo Costa, Júlio César, Tinga (Zangão) e Marquinhos; Betinho e Luciano (Felipe Alves)
Técnico: Emerson Nunes
Gols: Betinho (A), aos 21 e aos 38 minutos do primeiro tempo. Fabiano (M), aos 21, e Schwenk (M), aos 23 e aos 40 minutos do segundo tempo.
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Amarelos: Márcio Careca e Bágio (M) e Marquinhos (A)
Arbitragem: Bráulio da Silva Machado, auxiliado por Carlos Berkenbrock e Rosinei Hoffmann
Local: Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí