Nicolau dos Santos, 74 anos, avô de Ricardo dos Santos e tratado por ele como pai, testemunhou o assassinato do surfista na semana passada. Nesta terça-feira, teve uma pequeno mal-estar por causa da pressão alta durante a reconstituição do crime, que durou três horas na Guarda do Embaú.

Continua depois da publicidade

::: Polícia faz reconstituição do assassinato de Ricardinho em Palhoça

::: Policial que atirou no surfista Ricardinho se manifesta sobre o caso

::: Fantástico entrevista a mãe de rapaz que teria sido torturado por PM

Continua depois da publicidade

Confira a breve entrevista que ele deu ao Diário Catarinense:

O senhor viu o policial na reconstituição?

Não vi em nenhum momento. Nem queria ver. Falei à polícia que estávamos trabalhando na obra do cano com uma picareta, que pedi para ele (soldado Mota) tirar o carro onde parou. O Ricardinho também pediu. Ele (soldado) não respondeu nada.

Havia alguém com facão?

Não. Isso é mentira. Aí pedimos de novo e nada de ele sair. Alguém ouviu que ele (policial) disse que iria limpar a cara desse boiola, mas eu não ouvi isso. Ouvi que ele (policial) disse ?aqui eu tô, não saio e vou ficar?.

O irmão do policial tentou impedir algo?

O irmão segurou a mão do policial tentando impedir. Gostaria de perguntar a ele, se a versão é o facão, que cor tinha o cabo do facão? E que tamanho era esse facão? É tudo muito triste, jamais vou perdoar o que ele fez.

Continua depois da publicidade

Leia mais

::: Decretada a prisão preventiva de PM que atirou em Ricardo dos Santos

::: Laudo confirma que PM ingeriu álcool no dia do crime

::: MP havia recomendado afastamento do policial que atirou em surfista

::: Policial projetava carreira antes de se envolver na morte de Ricardinho