Prometida duas vezes em diferentes acordos nos últimos três anos, a duplicação do eixo industrial de Joinville ainda aguarda pelas obras que tornarão a estrada menos tortuosa. Em abril, completará um ano da assinatura do edital de licitação pelo governador Raimundo Colombo.
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A expectativa era de que a restauração e o aumento da capacidade da rodovia A101A ? composta pela rua Hans Dieter Schmidt e avenida Edgar Nelson Meister, que servem de acesso da BR-101 ao Distrito Industrial ? começasse no segundo semestre de 2017. No entanto, enquanto não há liberação do financiamento, o edital lançado em julho do ano passado para contratar a empresa executora das obras ainda não foi aberto e não há prazo para que o problema seja resolvido.
Segundo o engenheiro da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Ivan Amaral, responsável pelas obras em Joinville, a intenção é realizar em breve os projetos já licitados, mas não há novidades a respeito da fonte de recursos que possibilitará a execução da renovação da pista e da duplicação da estrada. O momento é de reestruturação na pasta, com a saída do secretário Luiz Fernando Vampiro e o adjunto, Paulo França, assumindo a Secretaria de Infraestrutura.

FALTA DE MANUTENÇÃO
Há 11 meses, o AN realizou o percurso de 5,7 quilômetros entre a BR-101 e o trevo de acesso às universidades, no fim da avenida Edgar Meister, e contou pelo menos 27 buracos só nos primeiros 3,5 quilômetros do trajeto. Desde então, serviços de manutenção têm sido realizados, com operação tapa-buracos, mas não são suficientes para garantir a qualidade da pista por onde passam, diariamente, cerca de 20 mil veículos ? entre eles, muitos caminhões de carga em direção a uma das mais de 200 empresas localizadas no bairro.
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– Pode-se dizer que 20% do PIB de Joinville passa por ali, não só para escoamento de produção, mas para recebimento de matéria-prima. A má qualidade da pista causa prejuízos na logística das empresas- avalia o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Moacir Thomazi.
A entidade fez pedido de audiência com o governador Eduardo Pinho Moreira assim que ele assumiu o Governo do Estado, há pouco mais de 10 dias, com a intenção de discutir o assunto, entre outros temas. Até agora, não recebeu resposta com uma possível agenda. Segundo Thomazi, o assunto já foi discutido com Pinho informalmente quando ele visitou Joinville na semana passada. Ele recorda que, em 2015, ocorreram trâmites para que a obra fosse executada em parceria com as empresas de Joinville.
Foi a primeira promessa, com assinatura de autorização para que as empresas fizessem o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) diretamente para a realização das obras, com o Governo do Estado entrando como responsável pela contratação do projeto ? o convênio foi cancelado por Colombo, que chegou a afirmar que custearia as obras com recursos da fonte 100 (caixa próprio do Estado). Agora, a obra passou a ser do financiamento via Banco do Brasil, mas não há data para a negociação por esta linha de crédito.
CONTRAPONTO
A reportagem também tentou contato com a assessoria da Secretaria do Estado de Infraestrutura para saber sobre os prazos da obra, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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