Foram mais de 10 horas de prova e 140 km percorridos sob um calor de quase 30ºC, mas a 20ª edição do Revezamento Volta à Ilha finalmente conheceu seus campeões na tarde deste sábado. Às 15h41min, os goianos Sinei dos Santos e Cleiser dos Santos foram os primeiros entre todas as categorias a cruzarem o pórtico de chegada postado no Trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, no quinto título das Duplas conquistado por eles.
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O forte calor dificultou bastante a vida dos competidores, aumentando em mais de 20 minutos o tempo em relação ao alcançado pelos campeões no ano passado.
– É a sétima vez que corro aqui e esta foi a mais difícil, o calor está demais. No Morro do Sertão o corpo sentiu bastante – contou Cleiser, de 36 anos.
Mas claro que a alegria de chegar em primeiro lugar era bem maior do que o cansaço:
– É muito bom voltar a vencer aqui. É uma prova que a gente espera o ano inteiro. O clima aqui é muito legal, uma confraternização – afirma Sinei, de 25 anos, que em 2014 foi vice-campeão ao lado de Cleiser.
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Vibração na chegada das equipes
Demorou 40 minutos para mais alguém cruzar a linha de chegada. Às 16h24min, Jonas Souza foi recebido com muita festa pelos outros sete integrantes da equipe Cia dos Cavalos, de Porto Alegre, e todos juntos passaram pelo pórtico para receberem a medalha que os consagrou como campeões da categoria aberta. Como largaram na última bateria, às 7h30, a Cia dos Cavalos teve o melhor tempo entre todas as categorias – a dupla campeã começou a prova às 5h (a cronometragem ainda não é oficial).
A partir daí, mais e mais corredores se reuniram nos arredores do Trapiche na espera ansiosa por aqueles que assumiram a missão de fechar o revezamento no trecho que começava na Via Expressa Sul, passava pela ponte Hercílio Luz, até os metros finais apoiados pelos companheiros.
A satisfação de superar tamanho desafio, a alegria de compartilhar a conquista com os amigos, a sensação de dever cumprido. A cada atleta que aparecia no horizonte, uma explosão de contentamento. A mais completa celebração da corrida.
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– Correr em equipe é o que me motiva, já estou com 50 anos, então se for para correr sozinha não tem mais graça. E quando não estamos correndo a gente conversa, come, incentiva os outros do grupo – explicou a gaúcha Rosane Hack, uma das primeiras mulheres a chegar ao Trapiche, integrante da equipe campeã da categoria veterana mista, a Campos Running/Paquetá. Ao lado dela, outra vencedora, Simone Bordin, 47 anos, complementou:
– O percurso é lindo, a organização é muito boa, já é minha nona Volta à Ilha e retorno sempre porque nos recebem muito bem. A largada e a chegada, principalmente em primeiro lugar, são os melhores momentos, sempre emocionantes.
Perto dali, já recuperado, o campeão Cleiser Santos caminhou com calma até a grade que dava para a concentração das equipes, observou a chegada animada de mais um grupo, com a vista da Baía Norte ao fundo, e resumiu em poucas palavras o sentimento de todos:
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– Aqui é demais, não dá nem vontade de ir embora.
Corrida reúne 3,7 mil pessoas em dia ensolarado
O sábado amanheceu ensolarado em Florianópolis, perfeito para ir à praia e admirar as belas paisagens da Ilha. Pelo menos 3,7 mil pessoas acordaram cedo para aproveitar este dia, mas de uma maneira um pouco diferente. São os competidores das 400 equipes participantes da 20ª edição da corrida de revezamento Volta à Ilha, que faz o contorno à Ilha de Florianópolis por um trajeto de 140km entre trilhas, areia e asfalto.

Um corredor de cada time percorreu cada uma das 18 seções da prova (confira o trajeto completo no mapa abaixo), trocando com outro integrante nos postos de revezamento. O restante da equipe se deslocava até o próximo ponto de troca para ficar à espera do atleta, no que se transformava no momento mais agradável do evento: a confraternização.
Os primeiros participantes do 20º Revezamento Volta à Ilha largaram do Trapiche da Avenida Beira-mar Norte às 4h15min deste sábado. Até às 7h45min, todas as equipes, fossem duplas ou octetos, deram início a sua prova divididas em 17 baterias, dos grupos de ritmo mais lento, até os de ritmo mais forte.
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Perto das 11h, quase todas as equipes já haviam terminado o trecho de Jurerê a Cachoeira de Bom Jesus, enquanto os líderes das duplas já haviam superado as duas do Santinho e passavam pela Praia de Moçambique.
Pouco depois das 14h, os competidores mais avançados já completavam todo o trecho Norte e Leste e passam pelo Sul da Ilha, próximos à base aérea. Na liderança da categoria de duplas, despontaram os atletas da equipe André Villarinho, de Goiânia, que conseguiram abrir vantagem da dupla campeã da edição passada, os gaúchos da Cia dos Cavalos, de Porto Alegre, e os paulistas da Acrimet.
Enquanto isso, a grande maioria das equipes ainda fazia os trechos entre a praia da Joaquina e a da Armação, tendo pela frente o trecho mais difícil: o Morro do Sertão.
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