Duas chapas à Prefeitura de Mafra são impugnadas

Só um candidato vai disputar a eleição indireta a prefeito marcada para amanhã, em Mafra. Será Paulo Sérgio Dutra (PR), que está no comando da cidade desde que João Alberto Herbst (PMDB), o Jango, foi cassado, no dia 28 de março. Além da dele, outras duas chapas tentaram concorrer ao pleito, que será decidido pelos parlamentares. Mas as duas tiveram as candidaturas invalidadas na quarta-feira.

Às 19 horas de sexta, na Câmara de Vereadores, Paulo Dutra, que antes de assumir o cargo ocupava a presidência da Câmara de Vereadores, deve ser eleito para governar a cidade do Planalto Norte até o fim do ano.

A homologação das candidaturas ocorreu na quarta, no Legislativo de Mafra. A mesa diretora, comandada pelo vereador Osni Martins (PSD), impugnou os pedidos de candidaturas das outras duas chapas. Uma delas era formada por dois vereadores, tendo Valdir Antônio Ruthes (DEM) como candidato a prefeito e José Marcos Witt (PDT) como vice.

Segundo a mesa diretora, a impugnação ocorreu porque Ruthes não se desincompatibilizou do cargo público que exercia na Câmara no prazo legal estipulado para a eleição. A outra chapa, que tinha Antônio Artem (PP) como candidato a prefeito e Neus Maria Tatara (PP) como vice, teve o pedido para concorrer negado por não ter apresentado todos os documentos exigidos no ato da inscrição.

Segundo Osni Martins (PSD), presidente da Câmara, o processo ocorreu com orientação do jurídico do Legislativo. A eleição terá a presença de técnicos da Justiça Eleitoral.

– Estamos conduzindo um processo isento. Queremos que essa situação passe e Mafra tenha um prefeito até o fim do ano-, explica.

Os candidatos que tiveram as candidaturas impugnadas não podem mais recorrer ao Legislativo, que comandará a eleição. O único caminho será a Justiça.

Quando assumiu o cargo de prefeito, Dutra pediu apoio ao Legislativo para continuar exercendo a função até o fim do ano. Até a quarta-feira, pelo menos três dos dez vereadores já haviam garantido que votariam nele para o cargo.

“A Notícia” tentou contato por telefone com os candidatos das três chapas, mas não teve suas ligações atendidas.

Votação vai ser secreta

A votação para a escolha de um novo prefeito para Mafra será secreta e nominal. Para ser eleito na primeira votação, Paulo Dutra precisa ter sete dos dez votos de vereadores. Caso não consiga os votos necessários, na segunda votação bastará ter maioria mínima. Eleitos, o prefeito e o vice-prefeito irão tomar posse no dia 11.

O ex-prefeito João Alfredo Herbst (PMDB) continua afastado da Prefeitura, depois que o requerimento do vendedor de antenas parabólicas de Mafra Zoilomar Sprangel, seguido de um ato da presidência da Câmara de Vereadores da cidade, extinguiu o mandato dele.

A confusão teve início depois que Jango foi acusado de crime ambiental pelo MP-SC, porque a Polícia Militar Ambiental apurou, em 2005, o desmatamento de uma área de cinco hectares de mata nativa, sem autorização, em uma propriedade de Jango. Ele não recorreu da condenação.