Douglas subiu sozinho na área do Avaí e cabeceou a bola com força, tanta força que fez a rede estufar. Assim, aos 11 minutos do segundo tempo o capitão do Figueirense realizou um sonho: marcar um gol em clássico.

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O retorno ao Brasil, após passar quase 10 anos jogando em Israel e Áustria, não poderia ter um começo melhor. Em seis partidas pelo Furacão o zagueiro já marcou três gols e é o artilheiro da equipe na temporada.

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Nascido e criado no Ribeirão da Ilha, bairro do Sul de Florianópolis, Douglas fez de tudo para retornar ao solo catarinense. Emprestado pelo Red Bull Salzburg, da Áustria, ao Furacão até o fim da Série B, em novembro, o manezinho foi o responsável por passar para os outros atletas do elenco a importância do clássico.

Se na noite deste sábado Douglas realizou um sonho ao marcar o gol da vitória no clássico 401, aos poucos ele vai construindo sua história com a camisa alvinegra. Douglas foi criado na base do Avaí e por isso alguns torcedores ainda tinham o pé atrás com o capitão. Mas, a comemoração do gol com a torcida deixa evidente que o passado azurra está enterrado.

Além de Douglas ter se destacado pelo gol, sua atuação na zaga foi muito boa. Com Thiego ao seu lado, o capitão alvinegro trabalha com tranquilidade e liderança. No campo ele gesticula e conversou com os companheiros de time. Vez por outra vem até a beira do gramado e conversa ao pé do ouvido com o técnico Adilson Batista.

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Ao fim do jogo correu e deu um abraço apertado em Adilson Batista, depois foi em direção ao Setor A do Scarpelli e vibrou com a torcida e sua família, que estava em peso no estádio.

No domingo, dia de descanso antes de voltar aos treinos na segunda-feira, Douglas vai poder fazer aquilo que mais gosta com tranquilidade. Nas águas do Ribeirão da Ilha vai poder pescar com seu pai e ensinar seu filho a usar uma tarrafa. Afinal, ele foi o responsável pelo torcedor do Figueirense voltar a comemorar uma vitória dentro de casa após seis anos.

– Acho que isso é bom, não esperava fazer o gol da vitória e ver a torcida não sair do estádio e ficar festejando. Mas, temos que botar os pés no chão porque ganhamos o clássico, porém não conquistamos nada – disse.

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