Dos 12 condenados do mensalão que tiveram prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira, 11 se entregaram à Polícia Federal em Brasília, São Paulo e Minas Gerais e um fugiu para a Itália.
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O último a se apresentar à PF, no final da manhã deste sábado, foi o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Pouco antes do meio-dia, um advogado e a PF confirmaram que Henrique Pizzolato não estava no Brasil.
Delúbio driblou a movimentação de jornalistas e se entregou no prédio sede da Polícia Federal, onde funciona o comando nacional da corporação. Ele deve ser levado para a Superintendência da PF, onde serão reunidos temporariamente os presos. Os demais presos – sete em Minas Gerais e dois em São Paulo – serão levados para Brasília em um avião da PF ainda neste sábado.
Conforme a PF, Pizzolato terá seu nome divulgado na lista de foragidos da Interpol. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, o ex-diretor do BB tem dupla cidadania e teria se apresentado a autoridades italianas. A PF confirmou que o nome do ex-diretor do BB constava na lista de pessoas proibidas de sair do país. Isso indicaria que Pizzolato deixou o Brasil de forma clandestina.
As prisões dos 12 condenados do mensalão foram decretadas na sexta-feira pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa. Assim que os mandados foram emitidos, os condenados começaram a se apresentar à PF. Além de Delúbio, estão presos o ex-ministro José Dirceu, o deputado federal José Genoino,
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Marcos Valério, apontado pela investigação como operador do mensalão, seu ex-sócio Ramon Hollerbach, a ex-funcionária de Marcos Valério Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério, o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB), a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado.
Quando se entregava à PF, Delúbio desabafou em sua conta no twitter:
“Apresentando às autoridades em Brasília para o cumprimento da pena que me foi imposta em julgamento de exceção. Viva o PT! Viva o Brasil! “
“Nosso compromisso com os brasileiros é tamanho e nossa fé nos ideais que professamos é de tal forma grandiosa (…) (…) que os imensos sacrifícios pessoais, os ódios que atraímos e as perseguições covardes das quais somos vítimas nada representam.”
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