O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do Mensalão, fugiu para a Itália, aproveitando a dupla cidadania. Ele vai apelar para um novo julgamento italiano.
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O delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, confirmou a fuga. A informação foi confirmada à PF pelo advogado Marthius Sávio Lobato, que defendeu o executivo no processo do Mensalão. Nesta sexta, após a expedição do mandado de prisão contra seu cliente, Lobato chegou a fazer um acordo com a Polícia Federal pelo qual Pizzolato se entregaria na sede da Polícia Federal no Rio até o meio-dia deste sábado. A notícia de que ele teria saído do país vazou antes disso.
O advogado ligou para Nogueira da casa da família Pizzolato, em Copacabana, confirmando que ele não estava no apartamento. O delegado informou que, segundo o advogado, a nota sobre a fuga foi divulgada pelo próprio Pizzolato, sem sua interferência.
O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão e multa por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Como tem dupla cidadania, ele tentará um novo julgamento na Itália.
Na sexta-feira, a Polícia Federal chegou a fazer inspeções nos dois endereços de Henrique Pizzolato em Copacabana, na Zona Sul do Rio, sem sucesso. No bairro, as informações dos vizinhos eram desencontradas, mas alguns chegaram a dizer que não viam o ex-diretor do Banco do Brasil nas redondezas há cerca de dois meses.
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“Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”, diz o texto da nota.
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