O estudante Anderson Ferminiano, 18 anos, criou junto com o amigo João Pedro Motta, 17, o Plaay, um streaming de música gratuito para iPhone e iPod Touch. O aplicativo (disponível em www.plaay.com.br) foi lançado neste mês e já tem quase 70 mil usuários. Confira a entrevista de Anderson ao BIT:
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BIT – Como surgiu a ideia de criar o aplicativo Plaay?
Anderson Ferminiano – Eu morei nos Estados Unidos por um tempo e lá usava o Spotify, que ainda não está disponível no Brasil. Então, no início deste ano, quando retornei ao país, comecei a pesquisar soluções e percebi que existia um vácuo no mercado brasileiro nesta área. Eu e o João (Pedro Motta) lançamos o site em fevereiro, enquanto o aplicativo para iPhone e Ipod Touch foi lançado neste mês.
BIT – Como vocês idealizaram o projeto?
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Ferminiano – Eu fiz um algoritmo no começo do projeto que pega milhões de vídeos que estão disponíveis no YouTube (site de compartilhamento de vídeos). A gente dá play no vídeo e resolve de forma rápida o problema de direitos autorais e contrato com as gravadoras. Daqui a um mês, nós iremos expandir o nosso banco de dados e apresentar uma nova versão do site.
BIT – E quais são as prioridades agora?
Ferminiano – Uma das nossas prioridades é ampliar o mercado de celulares porque vimos que há um potencial muito bom de crescimento. Na semana passada, o Plaay foi mais baixado do que aplicativos grandes como o Facebook e o Instagram. O mercado de mobilidade é interessante para expandir no Brasil.
BIT – Tem alguma desvantagem em relação ao serviço de streaming de música pago?
Ferminiano – Sim. Como nós temos que baixar o vídeo do YouTube, a música fica mais pesada. E como a internet 3G nem sempre é tão rápida para se fazer a transmissão em tempo real, há situações em que o usuário não consegue ouvir música no Plaay.
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BIT – Como você vê o futuro da música?
Ferminiano – O Spotify deu bastante certo e tem resolvido o problema de pirataria. Mas eu não acredito muito nesse modelo de negócio para o Brasil porque aqui o pessoal pensa “por que eu vou pagar por essa música se eu posso tê-la de graça?”. Em países como os Estados Unidos e a Suécia, por exemplo, esse modelo pago funciona muito bem. Não esperamos cobrar pelo serviço e, se expandirmos comercialmente a proposta, pretendemos explorar em maior intensidade o mercado musical com venda de ingresso para shows, por exemplo. Mas nada está definido ainda. Precisamos amadurecer essa ideia.