Documentos obtidos pelo Instituto Polonês de Memória Nacional indicam que o líder histórico do sindicato Solidariedade, o prêmio Nobel da Paz Lech Walesa, colaborou nos anos 1970 com os serviços secretos comunistas, uma acusação rapidamente desmentida pelo ex-presidente.

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– Em seu arquivo pessoal, há um envelope com um compromisso manuscrito de colaboração, assinado Lech Walesa “Bolek”. Entre os documentos desse arquivo, também há recibos escritos, assinados com o pseudônimo “Bolek” – declarou à imprensa o chefe dessa instituição oficial, Lukasz Kaminski.

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Lech Walesa, que se encontra no Exterior, desmentiu rapidamente a acusação em seu blog: “Não pode haver documentos procedentes de mim, vou demonstrar isso perante a Justiça”.

Na quarta-feira, o Instituto de Memória Nacional formulou a acusação em seu site. Walesa, 72 anos, havia aberto um processo por difamação contra os que o acusavam de colaboração com os serviços comunistas, particularmente em 2009 contra o presidente Lech Kaczynski, falecido em um acidente de avião em abril de 2010. Após a morte do presidente, Walesa retirou a demanda.

O irmão gêmeo de Lech Kaczynski, Jaroslaw, líder do Partido Direito e Justiça, no poder, é um inimigo ferrenho de Walesa, de quem foi colaborador nos anos 1990, quando ele era presidente.

Lech Walesa reconheceu publicamente que havia assinado um papel por ordem da polícia durante uma das tantas detenções que sofreu quando era um sindicalista opositor ao regime comunista, mas classificou de absurda qualquer acusação de colaboração com a polícia política.

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Em 2000, um tribunal especial o absolveu de qualquer colaboração com o SB, os serviços secretos do ministério do Interior, um tema de debate recorrente na Polônia.

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* AFP