Os Estados Unidos divulgaram nesta quinta-feira 17 documentos apreendidos no esconderijo de Osama bin Laden no dia do ataque que matou o terrorista, em 1º de maio do ano passado. Os documentos foram publicados no site do Centro de Combate ao Terrorismo da academia militar de West Point.

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Embora sem informações desenvolvidas, Bin Laden planejava uma operação para matar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o general norte-americano David Petraeus, que à época era líder das tropas da Otan no Afeganistão.

Bin Laden pediu a líderes da Al-Qaeda a criação de duas unidades da rede – uma no Paquistão e uma no Afeganistão – para abater aviões que pudessem estar transportando Obama ou o general Petraeus em suas visitas a estas regiões.

O terrorista explicou que, com a morte de Obama, o “totalmente despreparado” vice-presidente Joe Biden assumiria automaticamente a presidência, o que faria com que os Estados Unidos entrassem em crise. Já o assassinato de Petraeus causaria um “sério impacto sobre o curso da guerra”.

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A compilação dos documentos foi chamada de “Cartas de Abbottabad”, cidade ao norte de Islamabad, onde Bin Laden foi capturado e morto. São 175 páginas de cartas em árabe e 197 na tradução em inglês. A mais antiga é datada de setembro de 2006 e as mais recentes são de abril de 2011. Os textos fazem parte de comunicações internas da Al-Qaeda assinadas por diferentes líderes da rede terrorista.

De acordo com o que escreveu em maio de 2010, Bin Laden se mostrava preocupado com os ataques da própria Al-Qaeda que causavam a morte desnecessária de muçulmanos e aconselhou seus assessores a ter mais cuidado para poupar a vida de civis. O líder da rede terrorista também falou da “necessidade de cancelar outros ataques devido à possível e desnecessária mortes de civis” em países muçulmanos.

Veja o especial sobre a morte do líder da Al-Qaeda: