Apesar de toda campanha de conscientização e combate ao Aedes aegypti, os casos de dengue e focos do mosquito sobem a cada semana em SC. No último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça-feira, foram 323 casos, sendo que na última semana eram 155. O município que mais preocupa é Pinhalzinho com 216 casos. A cidade do Oeste de SC responde por 66% dos casos no Estado.

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— Os casos importados também preocupam principalmente se a pessoa está em área infestada, mas comparados aos autóctones [contraídos no Estado] terão menor risco. Hoje Pinhalzinho é o município que mais preocupa, até porque tem 56 casos autóctones. O mais importante é a eliminação de criadouros — explica o coordenador do programa de combate à dengue de Santa Catarina, João Fuck.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) informa que acompanha a situação na cidade desde o final de 2015, quando foi detectado um aumento no número de notificações de casos suspeitos de dengue. Além das da intensificação das visitas domiciliares para conscientização e eliminação de depósitos, o município também aplica inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) por meio de equipamento acoplado a veículo.

O município, segundo a Dive-SC tem pouco mais de 16 mil habitantes e apresenta uma incidência de 367,4 casos de dengue para cada 100 mil/hab. “Dessa forma, o município se encontra em nível de transmissão epidêmico (acima de 300 casos por 100.000 mil/hab.), conforme critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, informa a Dive-SC.

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Santa Catarina também apresentou um salto nos casos autóctones de dengue. No boletim anterior eram 20 casos, agora são 81, ou seja, quatro vezes maior. Mas o coordenador ressalta que se comparado com o mesmo período do ano anterior, os números estão melhores, apesar do maior número de casos notificados devido à ampla divulgação. No mesmo período de 2015, eram 333 casos autóctones. Os 81 casos autóctones deste ano estão distribuídos pelos municípios de Bom Jesus (4), Caibi (1), Chapecó (5), Itajaí (6), Itapoá (1), Modelo (2), Nova Erechim (1), Pinhalzinho (56), São José do Cedro (1) e São Miguel do Oeste (4).

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em Santa Catarina, foram identificados 1.479 focos, em 91 municípios neste ano. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 1.560 focos em 59 municípios.

Os casos de zika vírus permanecem igual ao boletim anterior, são cinco casos no Estado. Não há casos confirmados de febre de Chikungunya em SC em 2016.

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Municípios infestados realizaram 60% das vistorias

Os 28 municípios infestados, que têm até o final do mês para realizar vistorias em 333.124 imóveis, cumpriram 60,4% da meta, ou seja, fiscalizaram 201.192 imóveis. Os imóveis fechados ou que a visita foi recusada totalizam 61.863, sendo que desses já foram recuperadas as visitas em 15.264, permanecendo 46.599 como pendentes (14% do total de imóveis existentes).

Os municípios de Anchieta, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Maravilha, Nova Itaberaba, Palmitos, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, Serra Alta e Xaxim já realizaram visita em todos os imóveis das suas áreas infestadas.

Assim como outros municípios, Itapema formalizou solicitação de apoio das Forças Armadas. Balneário Camboriú, Chapecó, Florianópolis, Itajaí, Pinhalzinho e Xanxerê já haviam feito o pedido anteriormente. Em Florianópolis, contingente do exército já está desenvolvendo ações de orientação à população e eliminação de recipientes.

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