O número é tão expressivo, que o Brasil é considerado por outras nações como um grande polo do chamado heavy metal extremo. E neste nicho temos o Division Hell, fundado em Curitiba (PR) no ano de 2010 e que agora estreia com Bleeding Hate.

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A exemplo do EP Apokaliptika (2011), as novas canções seguem alinhadas ao death metal brutal, mas explorando muitas das possibilidades oferecidas pelo thrash. Discretas, as referências dos gigantes do gênero estão todas lá, mas com uma paixão palpável que mantém tudo distante da mera previsibilidade.

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Além do ótimo timbre da voz de Ubour, um dos grandes lances de Bleeding Hate é a forma como o repertório foi estruturado. Com bons instrumentistas que sabem como intercalar velocidade e cadência, o Division Hell proporciona considerável diversidade entre cada uma das nove faixas, mantendo vigoroso clima de caos ao longo de cerca de 40 minutos.

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Destaque absoluto para a incisiva World Khaos, cuja insanidade é seguida de perto pela abertura Army Of The Dead e a faixa-título – esta agraciada com vídeo. Um discão lançado de forma independente e que merece constar na prateleira de qualquer aficionado pelo heavy metal extremo made in Brazil, na linha do Krisiun e do bom e velho Sepultura. A distorção fala por si, pode conferir! |m|

Bleedin Hate, do Division Hell
Bleedin Hate, do Division Hell (Foto: Division Hell / Division Hell)

Division Hell – Bleeding Hate

(2015 / Black Legion Productions – nacional)

01. Army Of The Dead

02. The Fable Of Salvation

03. World Khaos

04. Bleeding Hate

05. The Last Words

06. Holy Lies

07. Bleak

08. Waiting For The Exact Time

09. Crossing The Line

*Ben Ami Scopinho está há mais tempo em Floripa do que passou em sua terra natal, São Paulo. Ilustrador e designer no DC, tem como hobby colecionar vinis e CDs de hard rock e heavy metal. E vez ou outra também escreve sobre o assunto.