O Besc também deixou um legado financeiro ao Estado. A própria Secretaria da Fazenda tem dificuldades em estimar quanto dos R$ 8,4 bilhões devidos à União têm origem nas operações de federalização e incorporação do Besc. Na renegociação promovida em 1998, praticamente metade dos R$ 4,1 bilhões de dívida eram relativos ao banco.

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No ano seguinte, a federalização abateu 20% do valor e reduziu os juros, mas o contrato previa que após a privatização do Besc o valor investido seria cobrado, descontado o que fosse arrecadado com a venda do banco. Sem privatização, o Estado pendurou mais R$ 1,2 bilhão em sua dívida com a União.

Além das dívida estadual, há arestas na relação entre funcionários e os novos chefes.

– Dos que ficaram, muitos aderiram ao plano de carreira do BB e estão satisfeitos. Mas existe uma parcela que preferiu manter a carreira do Besc e estes estão sendo discriminados – conta o presidente do Sindicato dos Bancários da Grande Florianópolis e Região, Jacir Zimmer.

Cerca de 100 funcionários estão nessa situação, o que motivou uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho.

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Na Probesc, entidade que reúne funcionários e ex-funcionários, as críticas são semelhantes.

– Os funcionários ficaram em último plano. Em nenhum momento foram chamados para a negociação – diz o presidente José Henrique Pereira.

A principal queixa é não ter direito a levar os planos de previdência para a Previ, o instituto dos funcionários do BB. A assessoria do BB afirma que “é necessário um estudo em conjunto com representantes dos funcionários e os fundos de pensão para buscar a melhor possibilidade com o menor impacto aos envolvidos”.