Passados cinco anos da incorporação do Besc pelo Banco do Brasil, existem três grandes legados do antigo banco estadual catarinense: as agências em todos os 295 municípios do Estado, o emprego de 1.856 ex-funcionários e uma dívida de pelo menos R$ 3,5 bilhões para Santa Catarina pagar.
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O contrato entre o banco federal e o governo catarinense que deu início ao processo venceu neste mês. Assinado pelo então governador Luiz Henrique (PMDB) e testemunhado pelo presidente Lula (PT), o acordo previa que a conta única do Estado seria operada pelo BB, que também seria responsável pela folha de pagamento.
O Estado ainda receberia R$ 250 milhões para dar um fôlego ao caixa. No contrato, também estavam as duas principais reivindicações de Santa Catarina: a manutenção da marca Besc e das agências em todos os municípios do Estado pelos cinco anos do contrato.
Na prática, antes mesmo de outubro deste ano já era difícil encontrar vestígios da marca, mas as chamadas agências pioneiras – aquelas em cidades onde só existia o Besc – foram mantidas e são consideradas um bom negócio pelo BB. Pelo contrato de 2008, elas poderiam ser fechadas a partir de agora, o que tem gerado especulações entre funcionários, sindicalistas e parlamentares.
O BB informa que não há estudo ou previsão de fechamento de agências. Nem poderia: o acordo de 2008 já foi renegociado e expandido até 2016. A transação foi feita em 2011, quando o governador Raimundo Colombo (PSD) tentava melhorar o caixa e buscou a renovação. Por R$ 125 milhões, o banco federal expandiu o vínculo do Estado, mantendo a conta única e as contas-salário. No contrato, foi mantida a exigência de que o BB esteja presente em todas as cidades do Estado, mas acabou a obrigação de exibir a marca Besc.
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