A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado realizou uma entrevista coletiva nesta terça-feira, em Chapecó, para esclarecer sobre a causa da morte do professor Alisson Klam, ocorrida no domingo.
Continua depois da publicidade
Os sintomas indicam que a morte foi por dengue grave, anteriormente conhecida como dengue hemorrágica, inclusive com confirmação do Hospital da Unimed de Chapecó, onde ele foi a óbito.
Suposta morte por dengue em Chapecó é analisada por laboratório paulista
Depois de um resultado indefinido do Laboratório Central, as amostras foram mandadas para o Instituto Adolpho Lutz, em São Paulo e o resultado será divulgado na próxima semana.
O supervisor da Dive, Fábio Gaudenzi, explicou que os exames realizados no Laboratório Central, feito com testes de reação a anticorpos, tiveram resultados divergentes.
Continua depois da publicidade
Gaudenzi ressaltou que, mesmo o resultado positivo, pode ser um ¿falso positivo¿, ou seja, o teste de anticorpos pode ter reagido a uma outra doença.Para ter certeza se a morte do professor foi por dengue o material foi mandado para São Paulo, onde será feito um exame molecular, que poderá identificar se há ou não material genético relativo ao vírus da dengue.
O médico também orientou que as pessoas que tenham sintomas de febre devem procurar atendimento médico, para ver se é dengue ou outra doença, como gripe.
Gaudenzi também recomendou para as pessoas doentes que tenham repouso e bastante hidratação, pois isso ajuda a evitar que a dengue evolua para quadros mais graves. Reiterou que crianças, idosos ou quem tem outra doença, pode ter mais risco. Quem já passou pela doença também tem risco maior.
O médico e outros dois profissionais da Dive, o coordenador da dengue no Estado, João Fuck, e a bióloga Daniela de Mattia, continuam no Oeste para concluir a investigação do caso do professor, visitando os hospitais e também fazendo entrevistas com os familiares.
Continua depois da publicidade
Aumento dos casos em Chapecó
Eles também darão orientações em outros municípios da região.A recomendação é que as pessoas eliminem locais que acumulem água parada que podem se tornar pontos de reprodução do Aedes aegypti.Em Chapecó o número de casos de Dengue dobrou em relação ao número divulgado na terça-feira-passada. Já são 115 casos autóctones, contra 59 da semana anterior. Os casos de zika, dois importados, e de chikungunya, um importado, estabilizaram.