Três dias após o início de 2016, a realidade de moradores da comunidade Monte Cristo, neste domingo, continua parecida com a vivenciada durante 2015 e em outros anos de pouca atenção do Poder Público com a região. No lugar de fogos, a manhã foi marcada pelos sons de um tiroteio.

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— Eu acordei com os tiros umas 9h da manhã — conta uma moradora da região que preferiu não se identificar por receio de represálias.

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Duas horas depois, ao sair para almoçar, essa mesma moradora viu uma das vítimas da disputa por pontos de tráfico de drogas ainda estirada no chão. Naõ foi registrada nenhuma morte, mas dois feridos foram encaminhados ao Hospital Florianópolis pela Polícia Militar, que chegou um pouco depois do tiroteio.

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De acordo com o plantão policial da 3º Delegacia de Polícia de Florianópolis, em Capoeiras, que está acompanhando o caso, por volta do meio dia um dos feridos estava em estado grave e passando por cirurgia enquanto o outro, baleado na perna, estava sedado e já estável no hospital.

Após um ano marcado por duas ocupações da PM à comunidade — uma no final de 2014 que se estendeu pelos primeiros dias de 2015 e outra em agosto, ambas para tentar minimizar a atuação dos traficantes na região —, o clima tem ficado muito tenso nos últimos dias, com relatos de trocas de tiros constantes. Uma disputa por pontos de venda de drogas que voltou a se acirrar nas últimas semanas.

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Para interromper a luta entre traficantes na manhã deste domingo, foram mobilizadas sete viaturas da Polícia Militar e também o helicóptero do Serviço Aeropolicial da Polícia Civil (Saer).

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— Parece que foi um acerto de contas entre as facções que disputam o local: a Novo Horizonte e a do Monte Cristo — disse o agente policial Marcelo Augusto, do Saer, que ajudou no atendimento da ocorrência.

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