Até a noite de sábado havia duas versões para o motivo da ambulância ter saído do Hercílio Luz (o que impede o jogo de continuar, conforme legislação específica). Assistente jurídico do clube, Carlos Severo disse que o deslocamento ocorreu porque um torcedor que é deficiente físico estaria passando mal, e por isso Severo foi até a ambulância pedir atendimento. A orientação foi de que o veículo não poderia deixar o Hercílio Luz naquele momento e então o assistente teria conseguido uma carona para levar o torcedor ao Hospital Marieta.

Continua depois da publicidade

Nesse meio tempo Severo teria telefonado para a central que regula a ambulância e relatado o problema. Em um desencontro de informações, a ambulância teria sido acionada mais tarde por essa central para “atender” a reclamação de Severo, que já não existia mais e acabou gerando toda a confusão.

Já o presidente Marlon Bendini afirmou depois da partida que a saída da ambulância ocorreu porque outro torcedor teria quebrado o pé e foi encaminhado no veículo ao Marieta. Questionado sobre a informação repassada anteriormente pelo assistente jurídico, ele disse que vai se inteirar melhor de toda a situação segunda-feira para confirmar o que aconteceu.

Também não se sabe se o trio de arbitragem foi avisado sobre a ausência do veículo ou se o jogo foi parado quando o árbitro se deu conta que a ambulância não estava dentro do estádio. Debaixo de muitas vaias e protestos, William Machado Steffen e os auxiliares Alex dos Santos e Johnny Barros de Oliveira saíram de campo escoltados por nove policiais militares e não conversaram com a imprensa.

Continua depois da publicidade

Confusão exigiu reforço policial

Inicialmente com cerca de 40 homens na segurança do jogo entre Marcílio Dias e Atlético de Ibirama, a Polícia Militar de Itajaí teve de acionar sete viaturas de Navegantes e Balneário Camboriú para evitar que a confusão fosse ainda maior. Ao fim da partida, 60 policiais estavam no Hercílio Luz.

Conforme o major Marcelo Egídio Costa, o reforço foi necessário para impedir que o incidente inicial envolvendo o presidente da Federação Catarinense de Futebol e o descontentamento da torcida com a arbitragem terminassem em quebra-quebra do lado de fora do estádio, principalmente no momento de saída da torcida do Ibirama, do árbitro e de funcionários da Federação.

Com a presença da maior quantidade de PMs foi possível garantir tranquilidade no estádio e nas ruas próximas, bem como permitir que a partida fosse reiniciada. A decisão por jogar os minutos que faltavam foi tomada pelo temor de que o encerramento da partida antes do tempo regulamentar poderia gerar ainda mais revolta na torcida.

Continua depois da publicidade