Por decisão da empresa Comércio de Frutas e Verduras Koch, sábado é o último dia de funcionamento do sacolão Direto do Campo, localizado no aterro da Baía Sul, no Centro de Florianópolis.

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A empresa, responsável pela feira de frutas e verduras no local há mais de 15 anos, desocupa o espaço atendendo a determinação judicial que pede a devolução, pela prefeitura de Florianópolis, da área de 32,7 mil metros quadrados à União. Ali também funcionam o Camelódromo Centro Sul e um estacionamento da Comcap.

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Apesar de a prefeitura de Florianópolis ter até o dia 18 de março para retirar os comerciantes e desocupar a área, Antônio Koch, um dos sócios da Comércio de Frutas e Verduras, afirma que a empresa decidiu encerrar as atividades nesta semana para resolver questões administrativas e desmontar a estrutura no local.

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– Precisamos nos planejar internamente. Temos fornecedores de todo o Estado e de São Paulo, que já foram comunicados sobre o fechamento. Por trabalharmos com produtos perecíveis, não podemos continuar recebendo mercadoria sem um local para estocá-la – explicou Koch.

Além dos cerca de 100 fornecedores que encaminham seus produtos para venda no Direto do Campo, aproximadamente 40 funcionários, que trabalham abastecendo, pesando e cobrando as frutas e verduras, terão seus contratos encerrados nas próximas semanas. Por enquanto, a empresa não tem planos para reabrir o sacolão em outro espaço da Capital, mas de acordo com o advogado que representa o Direto do Campo e o Camelódromo, Alessandro Marceddu, não está descartada a possibilidade de retomarem-se as atividades do Direto do Campo, caso a prefeitura encontre um novo local para o comércio.

Koch adianta que, nesse caso, antes de qualquer coisa seria feita uma avaliação do espaço indicado. O procurador-geral do município, Júlio César Marcellino Júnior, que coordena o grupo de trabalho formado pela prefeitura para buscar um novo espaço para os comerciantes, acredita que até o fim da próxima semana a equipe deva ter opções de locais. Espaços antes considerados, como o antigo terminal de ônibus no Centro, já foram descartados.

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Como a maioria das áreas próximas ao aterro da Baía Sul também são da União, na semana passada o procurador se reuniu com a superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) em Santa Catarina, Isoldi Espíndola, que auxilia na busca por um local. Marcellino reforça que não existe obrigação jurídica da prefeitura em garantir espaço para os 250 donos de boxes e trabalhadores do Camelódromo, Direto do Campo e do estacionamento da Comcap até o dia 18 de março, mas que um grande esforço está sendo feito neste sentido.

A multa para a prefeitura de Florianópolis, em caso de não cumprimento da data de desocupação, é de R$ 5 milhões imediatos e R$ 5 mil diários. Os comerciantes do Camelódromo ainda não têm data precisa para desocupar os boxes.