“Tarrafada forte, atolamos a Vila União”. As palavras expressavam o tom de comemoração e resposta de policiais militares responsáveis pela apreensão do arsenal de armas no começo da noite de quarta-feira em Florianópolis. Foi na mesma região da chacina de terça-feira, o que gerou satisfação ainda maior de trabalho cumprido pelos PMs. Mesmo que não fosse, é digno de alívio o trabalho policial. É certo que evitou novo banho de sangue, sensação retratada diuturnamente por moradores do Norte da Ilha de Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

A parte triste nesta história é o motivo que leva jovens e até adolescentes a empunharem essas pistolas, revólveres e submetralhadoras e se auto denominarem “vida loka”. Na verdade, não creem que a falsa sensação de poderio no mundo do crime um dia fatalmente os levará à própria morte.

Isso aconteceu com parcela significativa entre as 75 pessoas que foram mortas este ano na Capital, relatam policiais civis e militares. Boa parte desses jovens tombados a tiros atua como olheiro do tráfico. Cuidam de pontos de drogas ou fazem o chamado “corre”, onde tem contato direto com cocaína, crack, e cuidam da comercialização.

Um dos mortos na Vila União havia sido preso este ano com 15 pedras de crack e logo ganhou as ruas novamente, pois a quantidade apreendida não era vultosa. Muitos também são usuários e não saem mais do ciclo criminoso com vida, tomando de dor familiares e amigos.

Leia também:

Continua depois da publicidade

Pistolas e submetralhadora são apreendidas pela PM em operação na Vila União, Norte de Florianópolis