Os bombardeios israelenses continuam nesta terça-feira e já mataram dezenas de palestinos na Faixa de Gaza, após um dia sombrio também para o exército israelense. Esta é a quarta semana de confrontos que nenhuma iniciativa diplomática parece capaz de deter. A ofensiva israelense foi lançada no dia 8 de julho em resposta a disparos de foguetes do movimento islamita Hamas de Gaza. Ao todo, morreram mais de 1.100 palestinos, em sua grande maioria civis, incluindo 230 crianças.

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Um dilúvio de fogo se abateu sobre Gaza desde a noite de segunda-feira, após uma trégua de curta duração pelo fim do Ramadã e a festa muçulmana do Aid el-Fitr. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu que seus cidadãos se preparem para uma longa campanha militar na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. De acordo com uma estimativa fornecida nesta terça-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 215 mil pessoas tiveram que fugir de seus lares neste território superpovoado.

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Central elétrica em chamas

Dezenas de palestinos, entre eles nove mulheres e quatro crianças, morreram nas primeiras horas desta terça-feira em bombardeios. Dez soldados morreram nas últimas 24 horas em ataques reivindicados pelo Hamas, cinco deles abatidos por um comando que cruzou um dos túneis do movimento islamita perto do kibutz de Nahal Oz (sul).

A única central elétrica do território, que normalmente fornece 30% de suas necessidades elétricas, parou de funcionar por causa das chamas. No campo de refugiados de Shati, a casa vazia do chefe do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, foi atingida por bombardeios, segundo a família dele. Do outro lado da fronteira, as sirenes continuavam soando nas cidades israelenses, ao ritmo dos disparos esporádicos de foguetes.

*AFP