Levantamento do Ibope feito a pedido do Estadão Dados mostra que a presidente Dilma Rousseff é, atualmente, a candidata ao Planalto no ano que vem com maiores chances de conquistar potenciais eleitores de Marina Silva, na hipótese de a ex-senadora não concorrer à Presidência da República.
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Os eleitores potenciais de Marina são 43% dos brasileiros, Desse contingente, 59% disseram na pesquisa que também poderiam votar em Dilma ou que “com certeza” votariam nela. No caso do tucano Aécio Neves, o índice foi de 52%. Eduardo Campos (PSB) apareceu com 40%. A soma dos índices supera 100% porque eleitores citaram mais de um nome como segunda ou terceira opção.
A vantagem de Dilma é maior se considerados apenas os simpatizantes de Marina que se declararam dispostos a votar “com certeza” na atual presidente. Nesse caso, Dilma aparece com 28%, quase o triplo do índice “com certeza” obtido por Aécio (10%). Se abocanhar uma parcela maior do eleitorado que hoje simpatiza com Marina, a atual presidente reforça suas probabilidades de uma vitória no primeiro turno.
Já os partidos de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) se organizam para disputar o espólio eleitoral de Marina se ela não participar das eleições de 2014. Tucanos designaram o deputado estadual por Pernambuco Daniel Coelho como coordenador do partido para essa área.
– A gente trabalha essa proposta hoje no formato da Rede. Esse agrupamento virtual, para agregar as pessoas pela internet. Não queremos fazer um debate interno e partidário apenas. Queremos atrair simpatizantes dessa causa, pessoas não ligadas na política partidária mas que se interessem pelo tema.
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No PT, a ordem é aproveitar as ações oficiais de governo para explorar o tema ambiental e o diálogo com o perfil do eleitorado de Marina.
– Os principais feitos ambientais são a diminuição do desmatamento da Amazônia, o protagonismo do Brasil nas discussões sobre aquecimento global e os investimentos em geração de energia limpa – disse o secretário-geral do partido e deputado federal Paulo Teixeira (SP).
No PSB, a ideia é que a discussão seja feita por meio de um debate mais amplo e que envolva sustentabilidade, principalmente das cidades, onde se concentram a maior parte do eleitorado.
– O debate ambiental tem a ver com a reforma urbana – disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.