A presidenta Dilma Rousseff se reuniu, no Palácio da Alvorada, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para discutir a situação política no Paraguai. Desde que o ministro retornou ao Brasil após a missão de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) ao Paraguai, ainda não tinha se reunido com a presidente.
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Patriota chegou neste sábado ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro e depois voltou para Brasília. A missão de chanceleres foi a Assunção na tentativa de conter o processo de impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. O Senado aprovou, no fim da tarde de sexta-feira, a perda do mandato de Lugo, acusado de mau desempenho na Presidência, sobretudo diante de conflitos entre camponeses e policiais. O vice-presidente, Federico Franco, assumiu o cargo.
Também participam do encontro no Palácio da Alvorada os ministros da Defesa, Celso Amorim, e de Minas e Energia, Edison Lobão.
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Entenda o caso
Ex-bispo católico, Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai em 2008. O motivo para o pedido de impeachment – proposto ao meio-dia de quinta-feira e aprovado no final da tarde desta sexta – é o “mau desempenho de suas funções”.
A maior razão que levou a oposição a desencadear o processo foi a execução de seis policiais e 11 sem-terra em um confronto que ocorreu no dia 15 de junho, em Curuguaty, a 250km da capital Assunção.
A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de julgamento político para destituir Lugo – por 76 votos a um. Na sequência, o Senado confirmou a decisão final para o impeachment para as 17h30min desta sexta. A condenação dependia da aprovação de 30 dos 45 senadores (dois terços).