A presidente Dilma Rousseff pediu em seu discurso no primeiro dia da 6ª Cúpula da Américas, na Colômbia, mais integração entre os países da América Latina, do Caribe e dos Estados Unidos como forma de defesa contra a crise econômica internacional.

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– A integração é uma forma de nós nos articularmos para fazer face às consequências nefastas que a crise provoca -, disse Dilma diante do presidente americano, Barack Obama, do presidente colombiano, Juan Manuel Santos e dos chefes de Estado de outros 31 países.

Para Dilma, é necessário que os países latino-americanos e caribenhos se articulem para fortalecer os mercados internos e integrem os setores energético e logístico e as cadeias produtivas. Na opinião da presidente, dessa forma será possível garantir crescimento para todos de maneira igualitária:

– Nós temos setores industriais significativos que podem ser articulados num processo de integração em que todos nós ganhemos, uma integração entre iguais.

Dilma destacou ainda a necessidade de articulação das fontes de financiamento do setor produtivo dos diversos países e citou como exemplo o ‘extraordinário crescimento’ nas relações de investimento entre o Brasil e a Colômbia.

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Para a presidente, o investimento é a única forma de evitar inflação e bolhas especulativas nas economias de todos os países americanos, apesar do bom momento vivido pelo continente no que se refere ao emprego e crescimento econômico. A distribuição de renda associada à integração e ao investimento, de acordo com ela, é outra forma de garantir a transformação dos países da América.

A 6ª Cúpula das Américas acontece neste sábado e domingo e tratará de temas como desastres naturais, redução da pobreza, acesso e utilização de tecnologias, segurança e integração. Além disso, é esperado que questões antigas que permeiam os debates no continente também sejam abordadas nos encontros entre os chefes de Estado. É o caso do combate ao tráfico de drogas e do apoio à Argentina no conflito histórico com a Grã-Bretanha pelas Ilhas Malvinas.